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A literatura em The Smiths


The Smiths foi uma banda inglesa da década de 1980 que revolucionou a indústria musical em diversos aspectos. Enquadrado nos gêneros do rock alternativo, indie rock e pós-punk, o grupo, formado por Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce, embora tenha durado pouco mais de cinco anos, marcou para sempre a história da música com apenas três álbuns, alguns compilados e pouco mais de setenta canções gravadas.

Apesar de ser uma figura um tanto quanto polêmica, com controversas opiniões políticas e posicionamentos públicos, Morrissey, vocalista e front man da banda, se consagrou como um dos mais sofisticados compositores letristas do rock. Marr, a principal mente por trás da criação das melodias, levou a melancolia e vulnerabilidade extrema das letras a um nível elevado, o que fez com que as canções da banda fossem vistas como verdadeiras poesias. Além de tecer críticas à família real e ao sistema educacional britânico, que até aquela época permitia agressões dentro da sala de aula por parte dos professores, da defesa do vegetarianismo e a explícita negação em relação às mortes animais em abatedouros (como vemos claramente através do nome e da capa do álbum Meat is Murder, ou "Carne é Assassinato", numa tradução livre), outro aspecto em destaque dos escritos de Morrissey são suas referências literárias. Sendo bastante influenciado pelos escritores, desde os clássicos aos modernos, Moz (para os íntimos) mostrou aptidão para seu estilo de escrita poético ainda quando escrevia resenhas musicais para a Record Mirror (periódico semanal britânico sobre música pop) e cartas para revistas da época. No entanto, foi através de sua banda que pôde explorar e homenagear seus ídolos. Assim, analisaremos neste artigo algumas das referências literárias presentes nas letras das músicas de The Smiths.

The Smiths (1984)

Seguindo uma ordem cronológica de lançamentos, o primeiro álbum da banda, chamado homonimamente de The Smiths, foi lançado no ano de 1984, e conta com uma capa contendo uma cena retirada do filme Flesh, do grande artista e influenciador Andy Warhol, além de 11 faixas que apresentam de cara a sonoridade obscura, dramática e abatida que se tornaria a marca auditiva registrada da banda. Logo na terceira faixa, intitulada Miserable Lie, Morrissey canta:

“You have destroyed my flower-like life, not once, twice”

Em tradução: “Você destruiu minha ‘vida de flor’, não uma, mas duas vezes”.

Esse trecho provém da longa carta De Profundis, na qual Oscar Wilde, escritor irlandês nascido no século XIX, escreve ao seu amante Alfred Douglas (Bosie) durante o período em que esteve preso por cometer “atos homossexuais” de acordo com a lei de sodomia, então vigente na Inglaterra vitoriana. Na obra, ele escreve:

 “Ele [Cristo] foi a primeira pessoa a dizer ao povo que eles deveriam viver ‘vidas como a das flores.’”

Wilde foi um dos mais influentes autores de sua época, tendo produzido diversas peças, mas sendo reconhecido, sobretudo, pelo seu polêmico e aclamado O Retrato de Dorian Gray. Oscar foi e continua a ser uma das maiores paixões do ex-vocalista do The Smiths, estando presente em diversas das suas citações. Em entrevista, Morrissey fala um pouco sobre sua relação com o autor:

Pergunta: Quando você descobriu Oscar Wilde pela primeira vez?

Resposta: Por volta dos meus 10 anos. Minha mãe era bastante dedicada e tinha vários livros, e me disse: ‘você precisa ler isso, aqui tem tudo o que você precisa saber sobre a vida’, e eu a ignorei completamente. Mas, um dia, eu me aproximei da obra e minha vida nunca mais foi a mesma.

P: Qual era o livro?

R: Era A Obra Completa de Oscar Wilde.

P: E o que mudou em sua vida?

R: Quase tudo. Eu sempre tive essa ideia sobre a escrita, de que, para escrever, você tem de ser completamente obscuro e incrivelmente intelectual, tão intelectual que ninguém pudesse entender sobre o que você estava falando, e usar palavras complicadas, e ser muito profundo... e aí eu li Oscar Wilde, e ele usava a linguagem mais básica e falava as coisas mais poderosas, e todas as suas palavras eram fáceis de entender, e ele escreveu uma poesia tão vasta... E então me ocorreu que, em dizer as coisas mais básicas e reais, era aí que consistia o real poder da escrita, ao invés de ser ostentativo e retórico.

Ao ouvir as músicas de The Smiths, percebemos prontamente o efeito dessa fala direta: as palavras que Morrissey canta são simples, porém com um poderoso tom de direção. São grandes doses de sentimentos e delicadeza, o que faz com que qualquer um seja capaz de se identificar e sentir junto do músico. Se ele canta sobre amor, sentimos o amor, se ele canta sobre tristeza, sentimos a solidão.

Em outra entrevista, realizada por Ian Birch e publicada no ano de 1984 para a revista Smash Hits, Morrissey disse: 

“Enquanto eu caminhava pelo final da minha adolescência, eu era bastante isolado, e Oscar Wilde significava tudo para mim. De certa forma, ele se tornou uma companhia. Se isso soa lamentável, foi assim que aconteceu. Eu raramente saía de casa. Eu não tinha uma vida social. Então, quando me tornei um Smith, eu comecei a usar flores, porque Oscar Wilde sempre usava flores. [...] eu realmente admirava sua bravura e a ideia de estar constantemente ligado à um tipo de planta. À medida que fui crescendo, a adoração aumentou. Eu nunca estou sem ele. É quase bíblico.”



Na faixa seguinte, chamada Pretty Girls Make Graves, há uma citação direta à obra do romancista beat Jack Kerouac, Os vagabundos iluminados, já mesmo no título. Morrissey, porém, ainda vem a cantar as mesmas palavras:

“And pretty girls make graves, oh.”

Em tradução: “E garotas bonitas fazem covas, oh”.

Publicado em 1958, o livro conta com uma filosofia de que “garotas bonitas” levam à luxúria, o que, por sua vez leva ao nascimento, que em seguida leva ao sofrimento, e, finalmente, à morte, ou seja, à “cova”.

Isso se reflete na música, que fala sobre a história de um garoto adolescente cuja namorada promíscua o pressionava para que ambos tivessem relações sexuais, expressando, assim, a visão do próprio compositor sobre o assunto, pois fala sobre o garoto ser muito “delicado” – um traço característico da personalidade de Morrissey. Curiosamente, a música termina com o seguinte trecho: “Oh, hand in glove, the sun shines out of our behinds”, referenciando uma música que aparecerá quatro faixas depois. Esta outra, chamada Hand in Glove, é provavelmente sobre uma relação homossexual.

Também na faixa em sequência, intitulada The Hand That Rocks the Cradle, percebemos uma referência literária no seguinte trecho:

“So rattle my bones all over the stones
I’m only a beggar-man whom nobody needs to know”

Em tradução: “Então bata meus ossos por todas as pedras / Eu sou apenas um mendigo que ninguém precisa conhecer”.

Não sabemos ao certo qual foi a inspiração exata do compositor ao escrever esse verso, visto que ele aparece em diferentes lugares (e épocas) na literatura. Podemos citar primeiramente o poema The Pauper’s Drive, do poeta inglês Thomas Noel (que foi amigo de Anne Byron, esposa de Lord Byron), publicado em 1841 na obra Rymes and Roundelayes, em que lemos:

“Rattle his bones over the stones;
He’s only a Pauper, whom nobody owns”

O trecho, embora modificado em certa medida, também aparece no livro Ulysses, obra prima do autor irlandês James Joyce, publicado em 1922, um dos maiores marcos na literatura moderna no último século. Nele, lemos:

 “A carruagem galgava mais lentamente a colina da praça de Rutland. Batem seus ossos. Sobre caroços. É um indigente. Nem chega a gente.”

Por fim, temos ainda o livro Look Homeward, Angel, publicado em 1929 pelo renomado escritor estadunidense Thomas Wolfe, que veio a inspirar diversos outros escritores pelas próximas gerações, como os aspirantes da geração beat. Nele, encontramos a seguinte frase:

“Over the stones rattle his bones, he's only a beggar that nobody owns!”

Ainda que seja difícil determinar qual destas obras teria sido a inspiração exata do trecho da música, podemos imaginar que, no final, foram todas elas, visto que uma não existiria sem a anterior.

Hatful of Hollow (1984)

No mesmo ano de 1984, a banda lançou uma compilação chamada Hatful of Hollow, contendo, além de algumas das músicas já apresentadas ao mundo em seu primeiro álbum, porém em versões diferentes, como Hand in Glove, várias outras inéditas.

A quinta faixa da compilação, chamada How Soon Is Now?, é uma das mais famosas do The Smiths, possuindo na sua introdução uma composição distinta do guitarrista Johnny Marr, que afirmou que “queria uma intro tão potente quanto a de Layla”, referindo-se à clássica canção de um dos maiores guitarristas de todos os tempos, Eric Clapton.

Outra distinção que podemos fazer desta canção específica em detrimento às demais, é sua abertura:

“I am the son and the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Of nothing in particular”

Em tradução: “Eu sou o filho e o herdeiro / De uma timidez criminalmente vulgar / Eu sou o filho e herdeiro / De nada em particular”.

Esse trecho é, na verdade, uma adaptação feita de uma frase do romance Middlemarch, escrito pela britânica Mary Anne Evans sob o pseudônimo de George Eliot e publicado entre os anos de 1871 e 1872, sendo lançado no formato de um único volume em 1874. Na obra, está escrito:

“Para nascer filho de um fabricante de Middlemarch e herdeiro inevitável de nada em particular [...].”

O livro, cujo subtítulo lê-se: “Um estudo da vida provinciana”, se passa na cidade fictícia cujo nome é o título da obra, durante o período de 1830 a 1832. Aqui, são abordados temas como: a vida das mulheres e seu papel na sociedade, descontentamentos e decepções com os objetivos da vida, a relação da comunidade observada e seus comportamentos com ordem e classes sociais, os processos de desenvolvimento de Middlemarch no quesito progressista vivenciado pela Inglaterra da época – e a Lei de Reforma de 1832, além de relações com dinheiro e ganância, afinal, estamos falando de uma Grã-Bretanha que viveu (e estava vivendo) sua Revolução Industrial.

Essa música, que foi o lado b de William, It Was Really Nothing, faz uma ode à personalidade retraída e tímida de seu narrador (o próprio Morrissey), mostrando sua vulnerabilidade e seu desejo de ser amado. A título de curiosidade, em uma entrevista dada à rádio KROQ sobre George Eliot, em 1990, Morrissey fez uma pegadinha com o entrevistador Richard Blade, perguntando: “Você conhece a obra dele?”, ao que Blade respondeu: “Sim, com certeza”. O cantor logo respondeu: “Ele é uma mulher”.

Seguindo a ordem, com a próxima faixa, sexta da compilação, chamada Handsome Devil, podemos citar duas referências literárias distintas. Primeiro, o verso “A boy in the bush”, que traz recordações do livro de mesmo nome do escritor inglês D. H. Lawrence, publicado em 1940, embora não seja sua obra mais famosa, já que Lawrence ficou mundialmente conhecido por Mulheres apaixonadas e O amante de Lady Chatterley – além de também ser famoso por suas opiniões políticas nada simpáticas. Outra referência se encontra no verso:

“There’s more to life than books, you know.”

Essa frase, embora tenha sido adaptada, é bastante similar à encontrada no livro Matadouro-cinco, do autor estadunidense Kurt Vonnegut, primeiramente publicado em 1969. No livro, lemos: “Há mais sobre a vida do que o que você lê nos livros”.

Se analisarmos detalhadamente a vida e obra dos autores aqui referenciados, é interessante notarmos o quão distintas são as ideologias de ambos: enquanto D. H. Lawrence era um simpatizante do fascismo, Kurt Vonnegut escreveu abertamente sobre os horrores da guerra e suas consequências para aqueles que a vivenciaram de perto. É notoriamente curiosa a presença de ambos no background da letra dessa canção.


The Queen is Dead (1986)

Dando um salto na discografia da banda e deixando de fora o álbum Meat is Murder, de 1985, por falta de referências literárias nele, nos dedicaremos a falar sobre The Queen is Dead – que compensa quantitativamente as faltas para com a literatura do seu irmão mais velho.

Foi com esse álbum, lançado no ano de 1986, que o grupo alcançou o primeiro lugar das paradas do Reino Unido. Com 10 faixas e 37 minutos de duração, o título escolhido foi um tanto quanto chocante para o grande público inglês na época, visto que fazia um ataque direto à coroa real britânica (“A rainha está morta”). Curiosamente, este terceiro álbum de estúdio da banda iria se chamar "Margaret on the Guillotine”, ou “Margaret na Guilhotina” – um título não menos chocante, e que também transmite a mesma intensidade de impacto procurada.

Comecemos pelo começo: a faixa que abre o álbum é a mesma de seu nome, The Queen is Dead, e podemos pontuar nela uma citação que foi tirada diretamente do livro Billy Liar, do autor inglês Keith Waterhouse, lançado em 1959 e adaptado para o teatro e a televisão, que veio a influenciar bastante os escritos de Morrissey ao longo da história da banda.

“Let’s go for a walk where it’s quiet and dry”

Em tradução: “Vamos dar uma volta por onde é calmo e seco”.

Ainda nesta canção, notamos a similaridade entre o que Moz canta e o que Wilkie Collins escreveu em 1862. Na letra, temos:

“Farewell to this land's cheerless marshes
Hemmed in like a boar between arches”

Em tradução: “Adeus aos pântanos tristes desta terra / Cercados como um javali entre arcos”. Na obra No Name do escritor inglês do século XIX, lemos:

“A strip of ground hemmed in between a marsh on one side and the sea on the other.”

Em tradução livre: “Uma faixa de terra cercada entre um pântano de um lado e o mar do outro”.

Por último, também é perceptível uma ponte entre o poema A Morsa e o Carpinteiro, do britânico Lewis Caroll, e a atmosfera da música: a morsa aristocrática tenta atrair as ostras para a praia para que ele possa aproveitá-las, semelhante à monarquia da Grã-Bretanha. Aqui, porém, os papéis são invertidos, com Morrissey como a morsa e a realeza britânica como as ostras.

Cemetry Gates, faixa 5 do álbum, é, com certeza, a música de The Smiths na qual mais percebemos explicitamente referências aos grandes mestres da literatura, quando Morrissey canta:

“Keats and Yates are on your side
While Wilde is on mine”

Em tradução: “Keats e Yates estão do seu lado / Enquanto Wilde está do meu”.

John Keats foi um dos mais famosos poetas românticos ingleses, tendo dedicado seus 25 anos à escrita sobre o amor e os mistérios da vida. William Yeats, ao contrário, foi um poeta irlandês do século XX, cujos temas de sua escrita resvalavam entre política e o movimento do realismo. Wilde, como já comentamos, dispensa novas apresentações.

Morrisey no túmulo de John Keats

A música trata de um encontro entre amigos, durante um “tenebroso dia ensolarado” em um cemitério, para discussões literárias e sobre as lápides dos escritores. A composição musical de Marr ajuda a dar o tom obscuro que perpassa a narração do dia dos jovens tafófilos, e o próprio Morrissey já admitiu ter um fascínio por figuras trágicas, em uma entrevista para a revista Spin, em 1988: “Tenho uma obsessão dramática, incontrolável e inevitável pela morte. Se existisse uma linda pílula mágica que fosse capaz de lhe retirar deste mundo, acho que eu a tomaria".

Outro tema presente na canção diz respeito às acusações de plágio que Morrissey vinha enfrentando durante a época de lançamento do álbum, justamente por utilizar-se de tantas citações escritas previamente por outras pessoas.

No entanto, isso não foi suficiente para que o vocalista deixasse de usar referências diretas dos maiores nomes da literatura. Nesta mesma faixa, Morrissey adapta um trecho de Ricardo III, escrita por William Shakespeare. Na terceira cena do quinto ato, lemos:

“Hath twice done salutation to the morn”

Em tradução: “Saudou a manhã duas vezes”Já na canção, Moz dita: “Ere thrice the sun done salutation to the dawn”, que, em tradução, ficaria: “Três vezes o sol saudou o amanhecer”.

As referências ao bardo no álbum de maior importância da carreira de The Smiths não param por aí: na décima e última faixa do disco, Some Girls Are Bigger Than Others, é a vez da peça Antônio e Cleópatra ser adaptada. É cantado:

“As Anthony said to Cleopatra
As he opened a crate of ale
’Oh I say, some girls are bigger than others’”

Em tradução: “Como Antônio disse a Cleópatra / Quando ele abriu uma cerveja / Oh, eu digo, algumas garotas são maiores que outras”.

Louder Than Bombs (1987)

Fazendo mais um salto temporal, desta vez para outra compilação incluindo músicas inéditas da banda, lançada em março de 1987, temos Louder Than Bombs. Essa foi a versão estadunidense da compilação inglesa The World Won’t Listen, lançada anteriormente em fevereiro do mesmo ano.

Embora a canção Shakespeare’s Sister tenha sido lançada em 1985 como um single, ela só veio aparecer “formalmente” nesse compilado, posicionando-se na nona faixa. O título desta, “A Irmã de Shakespeare”, foi inspirada em uma passagem do ensaio feminista Um teto todo seu, da mundialmente famosa escritora britânica do século XX, Virginia Woolf. No ensaio, Woolf vai especular o que aconteceria se Shakespeare tivesse uma irmã: Judith, igualmente gênia e talentosa. Como mulher nascida no século XVI, certamente não seriam bons tempos para a moça: ela não teria direitos de ser propriamente educada, muito menos a liberdade de se expressar através da escrita, então ela tiraria sua própria vida. Na canção, temos uma alusão à morte de Judith.

Morrissey ficou decepcionado com a recepção da música. Ele comentou para a Record Mirror em 1985:

'Shakespeare's Sister', independentemente do que muitas pessoas sintam, foi a música da minha vida. Eu coloquei tudo de mim nessa música e queria mais do que qualquer outra coisa que fosse um grande sucesso e, como acontece às vezes, não foi. Podemos falar sobre independents e majors até o final do dia - mas, no final das contas, quando você faz uma música boa, quer que ela seja ouvida.”

Além destas, se fizermos uma análise detalhada da formidável obra deixada pela banda que se desfez em 1987, vamos perceber diversas outras influências de outros campos: cinematográfico, artístico, musical... Certamente os integrantes de The Smiths carregavam consigo uma bagagem imensa de conhecimento cultural daquilo que os cercavam à sua época, e estavam mais do que dispostos a fazer o melhor que eles podiam com isso: músicas que influenciariam gerações, e que continuarão marcando aqueles que os ouvem até o fim dos tempos.

Referências

Ana Júlia Neves
Pernambucana nascida em 2003, amante dos clássicos da literatura, de todas as vertentes do rock e do cinema como um todo – pura cultura pop. Estudante de História pela Federal da Paraíba, vivendo sua fase "Rory Gilmore em Yale". Obcecada por um artista diferente a cada semana.

Comentários

  1. ame the smiths, odeie o morrissey é meu mood k k k k amei o texto! :)

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  2. oh, que texto perfeito!! amo as músicas de the smiths e não sabia sobre essas informações, isso está incrível. parabéns <3

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