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Um passeio pelos filmes esnobados do Oscar


Todo ano, o Oscar causa polêmica. Basta que os filmes indicados sejam revelados ao público para que o burburinho comece. Todos possuem uma opinião e acreditam que certos filmes mereciam estar lá — são os famosos esnobados do Oscar. 

Este ano também possui os seus esnobados, como Emma., que deveria ter sido indicado na categoria Melhor Filme (ao contrário de certos outros filmes por aí) e O Homem Invisível. Mas aqui, no Querido Clássico, reunimos a nossa equipe de editoras para discutir quais são os esnobados históricos da premiação que nos deixam mais revoltadas. Dividimos os filmes em duas categorias: os que não foram indicados, mas deveriam ter sido, e os que foram indicados, não venceram, mas total deveriam ter vencido. O resultado foi bem divertido — e fica também como lista de sugestão para o que assistir no fim de semana. 

Os escolhidos da Jess


Filmes que não foram indicados, mas deveriam ter sido 


O Destino Bate à Sua Porta (1946)



A fonte original de O Destino Bate à Sua Porta (The Postman Always Rings Twice no original) é o livro homônimo de James Cain. Naquela época, o escritor era considerado a galinha dos ovos de ouro dos estúdios de cinema. A MGM detinha os direitos da história de O Destino, porém ela ficou engavetada durante muitos anos por medo da censura.

O Destino Bate à Sua Porta também é um clássico do filme noir, e em muitos aspectos se parece com o enredo de Pacto de Sangue. Também temos uma esposa insatisfeita, Cora (Lana Turner) que, insatisfeita com o destino de ficar fritando hambúrguer na lanchonete do marido, vê no forasteiro Frank Chambers (John Garfield) uma chance para mudar de vida. Porém, as coisas saem de controle para o casal, e nem sempre o crime compensa.

A Cora de Lana Turner foi uma virada na carreira da atriz. Até aquele momento, ela estava acostumada a fazer papéis alegres e um tanto quanto ingênuos. No entanto, viu uma oportunidade de ousar um pouco mais, e por que não marcar seu nome na seara de atrizes que criaram uma aura depois de fazer determinado filme. A Cora de Turner carrega um quê de etéreo e mau ao mesmo tempo, e isso é um dos aspectos que dá um sabor todo especial ao filme.

O Destino Bate à Sua Porta também teve que se valer de subterfúgios para driblar o Código Hays. Um deles foi vestir Lana Turner toda de branco para lhe dar um ar menos sensual, digamos assim. Porém, o feitiço virou contra o feiticeiro, e as roupas acabaram acentuando a atriz, o que é evidenciado pela primeira entrada que ela faz no filme. Cora está de branco, com uma roupa de praia, curtíssima para a época, e um batom vai rolando até chegar diante de seus pés. É como se a câmera estivesse à serviço de Lana Turner.

Quando penso nos motivos de esse filme não ter sido indicado, para mim é evidente o quanto a Academia repudiava narrativas que questionassem a instituição casamento. A maioria dos filmes noir quebra as expectativas sobre uma vida conjugal feliz, mostrando que donas de casa podiam voltar-se contra seus homens e decidir matá-los. É uma narrativa perigosa, quem sabe. Além disso, apesar de todos os problemas, as mulheres do noir eram livres. Depois do assassinato, elas gozavam de uma vida sem preocupações, o que levanta a questão do quanto elas realmente são vilãs ou vítimas daquela situação. 

Hoje em dia a Academia não está muito longe do que era durante os anos 1940. Ainda existe repúdio a determinadas narrativas e tolerância a temas ousados, desde que sirvam a uma mensagem bastante específica.

Um Rosto na Multidão (1957)



Elia Kazan foi talvez um dos diretores que mais revolucionaram Hollywood durante os anos 1950 e 1960. Tudo começou com Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire), filme que trouxe a fama ao diretor, no qual ele praticamente cristalizou Blanche DuBois na figura de Vivien Leigh e Stanley Kowalski como Marlon Brando. Além disso, Kazan tinha uma visão muito apurada das mudanças pelas quais os EUA passavam no pós-guerra e isso está refletido em muitas de suas obras.

Uma delas é Um Rosto na Multidão (A Face in the Crowd), de 1957. Em tempos de presidentes autoritários, a história de Larry “Lonesome” Rhodes (Andy Griffith), descoberto por Marcia (Patricia Neal) na prisão, chega a assustar de tão atual. Graças ao seu carisma, ele se transforma em uma estrela da noite para o dia. E aí reside o pulo do gato: à medida que Rhodes vai ascendendo, mais influente e perigoso ele se torna. É o desejo por poder que causa a derrocada da personagem.

É interessante como Kazan, já naquela época, parecia profetizar a influência que a televisão exerceria anos depois na vida das pessoas. É a partir desse meio de comunicação que ele nos mostra o quanto somos altamente influenciáveis e manipuláveis. Em um determinado ponto do filme, é como se o espetáculo midiático se misturasse ao enredo e não conseguíssemos distinguir o real do irreal. Rhodes faz parte desse jogo de celebridades efêmeras, mas que são necessárias para a engrenagem do entretenimento, da exploração do espetáculo, continue. É uma relação parasitária.

Mal recebido pela crítica, Um Rosto na Multidão recebeu apenas uma indicação durante a temporada de premiações: a de Melhor Diretor pelo Directors Guild of America. Acredito que a Academia não queria indicar um filme que criticasse, ainda que indiretamente, aspectos dos quais Hollywood se alimentava. No entanto, Um Rosto na Multidão conseguiu transpor a barreira do esquecimento, para se tornar um dos grandes clássicos do cinema estadunidense. 

Filme que foi indicado, não venceu, mas total deveria 


Pacto de Sangue (1944) 



Hollywood não via com bons olhos os filmes noir. Ainda que não tivessem essa denominação na época, a safra de películas de detetives e histórias de esposas matando maridos em nome de uma herança não era o que o Código Hays, o tão temido código de censura dos filmes, tinha em vista como “preservação de nossos valores éticos e morais”. 

Em 1944, Billy Wilder dirigiu um dos filmes que, mesmo esnobado pela Academia, se tornaria um clássico imortal do cinema: Pacto de Sangue (Double Indemnity). A história de Phyllis (Barbara Stanwyck), que decide matar o marido junto com o amante, o segurador Walter Neff (Fred MacMurray), para ganhar a chamada dupla indenização do seguro é o reflexo de uma Hollywood que buscava, por meio dessas histórias sórdidas, refletir a sociedade da Segunda Guerra Mundial. 

É claro que a Academia deixaria Pacto de Sangue sem levar nenhum prêmio. Ao contrário de Mildred Pierce, outro filme noir que deu o único Oscar de Joan Crawford em toda a sua carreira, aqui não temos a redenção dos protagonistas. Eles morrem tentando sobreviver aos próprios erros cometidos durante o plano de assassinar o marido de Phyllis. Nos bastidores do filme, temos diversas histórias de como Billy Wilder burlou o Código Hays. A primeira cena de Barbara Stanwyck no filme, quando ela está só de toalha diante da escada, já nos dá a ideia da afronta à moral e aos bons costumes.

Pacto de Sangue concorreu a sete Oscar em 1945. Não levou nenhum. Uma das indicações foi a Melhor Roteiro. Um detalhe bastante interessante é que Billy Wilder escreveu o filme junto com Raymond Chandler. A dupla teve diversos problemas ao longo da escrita, mas é interessante perceber como as palavras de Chandler e a visão de Wilder formaram um casamento perfeito. Pacto de Sangue é um filme sobre símbolos e palavras. A palavra está ali para servir ao símbolo e vice-versa. Quando Phyllis é cortejada por Neff, podemos perceber os diálogos ferozes, uma marca de Chandler. Já ao olharmos para a forma como o flerte é filmado, existe a marca indelével de Wilder. A história de Phyllis pode ter passado despercebida para a Academia naquele ano, que decidiu premiar filmes convencionais, mas o público jamais esqueceria o furor de seus olhos ao ver o marido sendo estrangulado pelo amante.

Os escolhidos da Mia


Filmes que não foram indicados, mas deveriam ter sido 


Os Inocentes (1961)



Este ano marca os sessenta anos do lançamento de um dos melhores filmes já feitos. Os Inocentes (The Innocents), dirigido por Jack Clayton, é a adaptação clássica de A Outra Volta do Parafuso, novela escrita por Henry James que segue inspirando a tantas outras produções — sendo a mais recente delas A Maldição da Mansão Bly. Se a série da Netflix destacou-se não apenas entre o público, mas também na crítica, o mesmo não aconteceu com o filme de 1961. Ainda que possua nomes de peso, como Deborah Kerr em seu elenco, o longa foi esnobado por uma Academia que despreza o gênero de horror. Foi indicado a dois BAFTA Awards. Mas nada de Oscar. 

É uma pena pois, olhando de cá, sessenta anos após ele ter sido lançado, Os Inocentes ainda se destaca — muito mais do que outros longas premiados daquele ano, devo acrescentar. Ele funciona em tudo: o casting é perfeito, a trilha sonora é tão icônica que qualquer um que já a ouviu se perceberá atormentado por aquela música quando estiver no escuro, a fotografia é belíssima e funciona maravilhosamente bem naquele clima de mistério sufocante da era vitoriana, as atuações são genuinamente fantasmagóricas e o roteiro, impecável. Não há nem sombra de desleixo no filme de Jack Clayton. Além disso, ele cumpre o que se propõe: assusta. E muito. 

O vencedor do Oscar de 1962 foi West Side Story, e acho que ninguém pode dizer que não foi merecido. Mas Os Inocentes deveria ter sido seu concorrente, pelo menos. Minha torcida pessoal é para que ele tivesse ganhado a premiação, mas entendo o valor do vencedor, então acredito que ao menos uma indicação a Melhor Filme já teria valido a viagem. 

De qualquer forma, a história da jovem governanta que se vê atormentada numa grande mansão no interior da Inglaterra segue como uma das melhores adaptações cinematográficas de clássicos da literatura já feitas e um verdadeiro achado para os amantes de filmes de terror. 

Drácula de Bram Stoker (1992) 



Lançado em 1992, Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker's Dracula) é um filme sublime. Estou ciente de que essa é uma palavra forte, mas é a única que considero abarcar todas as qualidades do longa. Dirigido por Francis Ford Coppola, a adaptação do livro de Bram Stoker conta a história de Conde Drácula (Gary Oldman) de forma romanceada: ao invés do detestável e nefasto vampiro do clássico, nos deparamos com um ser que abarca a perfeita dicotomia das criaturas da noite, sendo ora sedutor, ora assustador; vilão e herói; amante e assassino. 

Não é à toa, portanto, que esse filme fascine a tantos apreciadores do cinema de horror até hoje. Mas, como já falamos, o Oscar não gosta de horror. E Coppola, um diretor já consagrado àquela altura de sua carreira, não recebeu nem ao menos uma indicação por Melhor Diretor, que o fará uma para Melhor Filme. Mas deveria ter recebido. 

Para além do roteiro, o filme é envolvente em todos os aspectos (a trilha sonora é impecável; o figurino, uma obra de arte), especialmente porque Coppola decidiu fazê-lo com efeitos práticos. Era o início da década de 1990 e o cinema já estava adotando por completo o uso de CGI em efeitos especiais. Tudo era computadorizado. O que não precisa ser necessariamente ruim, é claro, mas há algo sobre efeitos práticos que realmente encanta — são mais lentos, mais tangíveis, e também uma bela homenagem aos primórdios do cinema. Utilizando-se de técnicas já existentes quando o livro de Bram Stoker foi lançado, em 1897, Coppola nos convida a uma viagem ao passado, ao final do século XIX, uma época em que os costumes da era vitoriana se chocavam com o avanço tecnológico em diversas áreas, incluindo a do entretenimento, como é o caso da famigerada cena do primeiro encontro entre Drácula e Mina Murray (Winona Ryder), quando o Conde — sob a identidade de Príncipe — a leva ao cinematógrafo para assistir a um filme. 

Drácula de Bram Stoker foi indicado a categorias menores no Oscar de 1993: Melhor Direção de Arte, que não venceu, e a outras três, das quais saiu vencedor, como Melhor Maquiagem, Melhor Figurino e Melhor Edição de Som. Ele certamente as mereceu, especialmente pelo figurino incomparável de Eiko Ishioka, mas deveria ter sido ao menos indicado como Melhor Filme. Não faz sentido ter sido esnobado dessa forma. 

Filme que foi indicado, não venceu, mas total deveria 


O Exorcista (1973) 



Talvez o mais icônico filme de terror do século XX, O Exorcista (The Exorcist) foi um fenômeno cultural. Se no início da década passada nos assustávamos com pegadinhas que incluíam abrir um vídeo e, inesperadamente, o rosto desfigurado de Regan (Linda Blair) surgir em tela cheia, nos anos 1970, as pessoas passavam mal nos cinemas e viviam verdadeiros terrores ao lembrar das fortes cenas de possessão demoníaca e exorcismo do filme. 

Em 1973, quando foi lançado, o Código Hays havia sido dissolvido há pouco tempo. Isso significava que agora era permitida nudez em filmes e mais do que insinuações sexuais feitas apenas com palavras e olhares. O horror, claro, aproveitou-se disso para lançar uma onda de sexploitation — quase todos os filmes do gênero daquela década caem nesse subgênero. O Exorcista, não. Ele possui insinuações sexuais, mas elas são profanas de uma maneira que não servem ao male gaze. Não há beleza ou desejo quando assistimos a uma pré-adolescente levitar, ter o corpo estraçalhado, vomitar uma substância verde viscosa e masturbar-se com um crucifixo. É tudo chocante e horrível — mas explícito, e esse é o ponto. Polêmico até hoje, o filme quebrou barreiras muito importantes no cinema, tendo seu valor não apenas como obra de arte mas também em termos históricos. 

É surpreendente, portanto, que não tenha levado a estatueta de Melhor Filme. Indicado a dez categorias no Oscar de 1974, O Exorcista foi o grande esnobado da noite. Um filme com tantas indicações levar para casa apenas duas categorias menores chega a ser vergonhoso. Especialmente porque, dentre os indicados, ele era o melhor. 

Quando falamos do cinema de 1973, não falamos sobre Golpe de Mestre, o vencedor daquele ano. Mas O Exorcista sempre é lembrado. Quase cinquenta anos depois, ainda estamos falando sobre Regan MacNeil, sobre o Padre Merrin (Max von Sydow), o Padre Damien Karras (Jason Miller) e a relação de culpa que o filme coloca em cima da mãe de Regan, Chris MacNeil (Ellen Burnstyn). Dirigido por William Friedkin e adaptado a partir do romance homônimo de William Peter Blatty, também responsável pelo roteiro, O Exorcista levou apenas as estatuetas de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Mixagem de Som. Mas, em nossos corações, ele é o grande vencedor a Melhor Filme daquele ano. 

Os escolhidos da Sofia


Filmes que não foram indicados, mas deveriam ter sido


O Quinto Elemento (1997) 



O Quinto Elemento (The Fifth Element) é um filme que levanta muitas controvérsias e divide opiniões. O longa franco-estadunidense foi uma das produções mais caras do cinema europeu, sendo que na época de seu lançamento fez pouco sucesso nos cinemas e não foi muito bem recebido pela crítica. Além disso, a narrativa reforça alguns estereótipos problemáticos. Todo o filme gira em torno de uma personagem feminina que é retratada como um ser perfeito, superior à raça humana, uma arma capaz de acabar com todo o mal no mundo — e, mesmo assim, ela só consegue usar seu poder graças à ajuda de um homem, no fim das contas. A dupla protagonista é composta por Leeloo (Milla Jovovich) e Korben Dallas (Bruce Willis).

Críticas à parte, uma coisa é certa: o longa é uma das mais importantes produções cinematográficas da década de 1990. O filme de Luc Besson quebrou paradigmas, misturando ficção científica, ação e uma boa dose de futurismo, além de apresentar um romance que atravessa galáxias. Ele também traz um personagem andrógino negro para o mundo da ficção científica (Ruby Rhod, interpretado por Chris Tucker), o que não era comum à época.

Além disso, a estética do filme é única. A Manhattan futurista e decadente apresentada na produção, com carros e barcos voadores, é contrastada com painéis de neon e estampas vistosas, detalhes que representam muito bem os anos 1990 — e, incrivelmente, tudo combina na tela. Fico muito surpresa com o fato de o filme só ter sido indicado para uma categoria do Oscar de 1998: Melhor Edição de Som. No fim, O Quinto Elemento perdeu o prêmio para Titanic. Apesar de ter sido reconhecido em algumas outras premiações, especialmente pelos efeitos visuais, o filme acabou recebendo muito pouca atenção na época.
 

As Virgens Suicidas (1999) 



Primeiro longa-metragem da diretora, As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides), adaptação do livro homônimo de Jeffrey Eugenides, demonstrou o potencial de Sofia Coppola por trás das câmeras. Contudo, nesse caso, a produção não recebeu nenhuma indicação ao Oscar. 

Para além da estética inovadora na época, a trilha sonora do filme ficou muito popular. Produzida pela banda Air, a trilha original é muito elogiada até hoje. O álbum Original Motion Picture Score For The Virgin Suicides, da dupla francesa, recebeu diversos prêmios — e o filme, até hoje, segue sem o merecido reconhecimento da Academia. 

Filme que foi indicado, não venceu, mas total deveria

 

Encontros e Desencontros (2003) 



Sofia Coppola não recebeu a atenção que merecia pela maior premiação do universo do cinema. A estadunidense foi a terceira mulher indicada ao Oscar de Melhor Diretor, em 2004 — no entanto, perdeu para Peter Jackson. A indicação foi por conta de Encontros e Desencontros (Lost in Translation), filme muito aclamado pela crítica até hoje. A obra recebeu três outras indicações: Melhor Ator (para Bill Murray), Melhor Filme e Melhor Roteiro Original, sendo que foi vencedora somente nesta última categoria.

O filme conta a história de Charlotte (Scarlett Johansson), uma jovem dos Estados Unidos que está frustrada em seu relacionamento amoroso, e Bob (Bill Murray), ator cuja carreira está em decadência, e o curioso relacionamento que desenvolvem após se conhecerem, em Tóquio. O longa representa muito bem a estética dos filmes de Sofia Coppola — muita luz natural, cores pastéis e personagens introspectivos, além da narrativa sob o ponto de vista da mulher, majoritariamente, o que destaca suas obras. 



Imagem em destaque: Mia Sodré 
Mia Sodré
Mestranda em Estudos Literários pela UFRGS, pesquisando O Morro dos Ventos Uivantes e a recepção dos clássicos da Antiguidade. Escritora, jornalista, editora e analista literária, quando não está lendo escreve sobre clássicos e sobre mulheres na história. Vive em Porto Alegre e faz amizade com todo animal que encontra.

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