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Charles Dickens: o homem que "inventou" o Natal


Tradicionalmente, nós conhecemos o Natal como a época em que reunimos toda a família, convidamos as pessoas queridas para uma farta ceia, trocamos presentes e enviamos mensagens de alegria e carinho a todos aqueles que participaram de nossas vidas ao longo do ano. Na maioria dos lares, desde muito antes da véspera do dia 25, encontramos decorações de todos os tipos, sem nunca faltar a árvore de Natal, com seus vários enfeites, de luzes piscantes a laços e fitas penduradas e, claro, uma grande estrela ao topo; nas mesas, diversos são os pratos e as comidas típicas que compõem a ceia, sendo o peru o mais clássico destes; uma série de divertimentos são realizados ao longo da noite, e o amigo oculto é uma famosa forma utilizada para presentear a quem amamos. 

A celebração do Natal nem sempre ocorreu dessa forma que realizamos hoje. Ao longo do tempo, e com as diferentes culturas e tradições surgindo e se mesclando, tivemos outros significados para a comemoração natalina, desde as suas raízes pagãs, passando pelo segmento cristão, até que, em dezembro de 1843, um renomado escritor inglês chamado Charles Dickens escreveu uma novela de pouco mais de 100 páginas, chamada Um conto de Natal (A Christmas Carol), que marcaria profundamente a relação ocidental com a data e agregaria ainda mais elementos para o nosso Natal da forma que o conhecemos até o presente momento. 

Uma breve história do Natal

Antes de tudo, é necessário traçar um contexto histórico do Natal. Por volta dos dois primeiros séculos da Era Comum, as celebrações do cristianismo giravam em torno de uma outra data especial: a Páscoa, que representava a morte e o renascimento de Jesus. Sabemos que não há nenhuma referência nos escritos cristãos à data de nascimento de Cristo ser exatamente no dia 25 de dezembro: foi apenas no século IV que o Papa Júlio I designou que essa seria a data oficial do nascimento de Jesus. Assim, a data teria sido ressignificada pela Igreja Católica como forma de atrair os povos pagãos (então sob domínio do Império Romano) para a conversão, aproveitando-se do antigo festival da Saturnália, comemorado pelos romanos em honra ao deus Saturno, divindade relacionada à agricultura. Começando uma semana antes do solstício de inverno e prolongando-se pelo mês, durante a Saturnália, os romanos organizavam banquetes com muitas bebidas, fechavam o comércio e trocavam presentes, criando uma atmosfera de carnaval. 

Após a decisão da criação do Natal, por volta dos idos de 1600, a prática do uso de máscaras durante a data se tornou comum na Inglaterra. Homens e mulheres andavam de casa em casa fantasiados e com comportamentos inesperados, versando à nudez e à troca de roupas entre os visitantes. Aos olhos dos anglicanos, o nascimento de Cristo tinha se tornado um pretexto para bebedeiras, brigas, baderna, jogatina, fantasia e libertinagem. O Natal havia de ser controlado. Desse modo, na Inglaterra de 1644, foi adotada uma lei que declarava a data de 25 de dezembro como um dia de jejum e penitência: o país e suas colônias buscavam por moderação. Com os avanços do século XVIII e do pensamento iluminista, que deixava de lado a adesão às crenças em favor da razão, as comemorações em torno da data, apesar de bastante popular, diminuíram ainda mais.

Boz, o romancista vitoriano

Charles Dickens, o escritor mais famoso da Londres vitoriana de sua época, autor das mais de 50 mil cópias vendidas de Nicholas Nickelby e das mais de 100 mil cópias de A velha loja de curiosidades, estava sem dinheiro. Após uma avalanche de popularidade com a estreia de The Pickwick Papers e Oliver Twist, o autor se via, desde 1841, em uma terrível declinada: as vendas de suas obras mais recentes, Barnaby Rudge, American Notes e The Life and Adventures of Martin Chuzzlewit caíram vertiginosamente. As pessoas estavam perdendo o interesse em ler suas obras. Em meio a várias dívidas que aumentavam cada vez mais, Dickens se questionava se teria atingido seu ápice, se os anos entre 1836 e 1841 teriam sido seus tempos de glória, se ninguém mais leria o que o autor tinha a escrever, se nunca mais conseguiria escrever histórias como as de outrora, se este seria o fim de sua carreira. 

Charles Dickens

É verdade que Dickens fora bastante idolatrado logo no início de sua jornada como escritor. Em 1842, atravessou o oceano e viajou com sua esposa, Catherine Hogarth, para os Estados Unidos, onde também era bastante conhecido e cultuado – e, é claro, onde esperava conseguir melhorar as condições de suas vendas. No Baile de Boz (apelido do autor), mais de 3 mil pessoas apareceram para prestigiá-lo. Lá, conheceu diversos autores com quem trocava simpatias, como Edgar Allan Poe e Washington Irving

No entanto, as coisas rapidamente se mostraram não ser apenas pontos positivos. Em sua obra American Notes for General Circulation, um diário de viagem que contém suas percepções sobre os Estados Unidos, Dickens escreveu sobre sua desilusão com o país, em contraste com o que idealizava acerca do local: a enorme falta de higiene pessoal, a devassidão mesmo entre aqueles que frequentavam a Casa Branca, o sistema prisional do país, a escravidão – e até mesmo o hábito dos estadunidenses de cuspir.

“Estou desapontado. Esta não é a república que eu vim conhecer. Esta não é a república de minha imaginação.”

Esse episódio foi fundamental para aguçar em Dickens o sentimento de decepção, que aumentaria ainda mais após sua estadia em Manchester, em 1843, para o evento em prol da recuperação financeira do Athenaeum. Aqui, a tarefa do autor era simples: discursar sobre a necessidade e a utilidade da educação. 

A Inglaterra, na época de Dickens, vivia nos dois extremos econômicos do capitalismo, impulsionada pela Revolução Industrial: embora fosse um centro industrial, com prosperidade fabril, os grandes proprietários viviam com cada vez mais e as famílias dos trabalhadores em absoluta miséria. A maior parte das ruas da cidade de Manchester se encontravam em uma situação insalubre, com lixo e esgotos espalhados por todo lado. Muitas casas não forneciam o básico para a sobrevivência humana. 

“A penúria em sua forma mais rigorosa triunfa em uma incrível extensão em Manchester. [...] uma considerável parte de nossos companheiros está vivendo de comida e moradia inadequadas até para animais.”

(Joseph Adshead, Distress in Manchester)

“Lado a lado com o Crime, a Doença e a Miséria na Inglaterra, a Ignorância está escondida, e é quase certo encontrá-la.”

(Charles Dickens)

A cidade era, assim, tudo o que o autor abominava. Quando criança, o pequeno Charles arranjou um emprego em uma fábrica de graxa em condições precárias para ajudar no sustento da família, que se encontrava na prisão devido às dívidas do pai. Ele havia sentido na pele o que era passar necessidades. Desde Oliver Twist, Dickens fez duras críticas à situação de vulnerabilidade econômica e social em que várias famílias se encontravam, especialmente ao trabalho infantil, e sentia grande afinidade com aqueles que lutavam pelos direitos dos mais marginalizados pelo sistema. 

Desse modo, Dickens havia construído seu discurso:

“É essencial saber que, enquanto as fábricas ecoam o triscar de seus engenhos estupendos, e seu maquinário gira e sacode, o imortal mecanismo da própria mão de Deus, a mente, não é esquecido em meio a esse barulho e tumulto, mas sim, abrigado e protegido em seu próprio palácio. [...] Quanto mais um homem aprende, melhor, mais gentil e mais suave ele se torna. [...] ele se torna mais tolerante com as crenças de outros homens em todos os assuntos, e acolhe de forma mais branda sentimentos diferentes dos seus.”

Estes episódios foram fundamentais para que, a poucas semanas do dia 25 de dezembro daquele ano de 1843, uma ideia fomentasse na sua cabeça. A ideia de uma obra que recuperaria o prestigiado Charles Dickens de uma derrocada de popularidade, que apaziguaria todas as suas situações financeiras, que consolidaria seu nome de uma vez por todas no cânone da literatura ocidental, e que mudaria culturalmente nossa percepção sobre o Natal.

“Não se assuste com a novidade e com a ambição de meu projeto. Ambos me assustaram no princípio; mas agora estou seguro de sua necessidade e utilidade.”

(Charles Dickens)

Os fantasmas de Ebenezer Scrooge

Se hoje encontramos “Scrooge” no dicionário de língua inglesa de Oxfrod como substantivo, referindo-se a uma pessoa que não gosta de gastar dinheiro, é devido ao personagem de mesmo nome que protagoniza a história narrada em Um Conto de Natal

Ebenezer Scrooge é um avarento senhor que abomina as celebrações natalinas. Na verdade, Ebenezer Scrooge é homem ranzinza que abomina qualquer data especial. Sem amigos ou parentes com os quais seja próximo, dedica sua vida a lucrar mais e mais com seu escritório onde, desde a morte de seu ex-sócio, Marley, um único funcionário é empregado lá. Em uma véspera de Natal, Scrooge é visitado pelo fantasma de Marley, que anuncia para seu velho amigo a chegada de mais três espíritos a uma da manhã cada.

Ilustração de John Leech para Um conto de Natal (1843)

O primeiro deles é o Fantasma do Natal Passado, que leva Scrooge de volta para sua juventude, em um cenário no qual o pequeno havia sido abandonado em uma escola antiga, apenas com seus livros por companhia. Em seguida, ele mostra rapidamente a visão de sua única amada, que desmanchou o noivado por causa de uma rival, a “Ganância”. A viagem acaba com um vislumbre dessa mulher, agora casada, com vários filhos em casa e celebrando alegremente a data. Atordoado com o que vê, Scrooge se atira no fantasma pedindo que o leve de volta para seu quarto, e assim acontece.

O Fantasma do Natal Presente, na noite seguinte, aparece em seu quarto e leva Scrooge até a casa de Bob Cratchit, seu funcionário, onde a pobre, porém alegre e unida família aprecia uma ceia natalina, sendo o pequeno Tim, garoto aleijado, o mais feliz deles. Em determinado momento, a mulher de Bob se refere a Scrooge como um homem mesquinho e sem sentimentos, ao que o marido repreende. Se deparando com essa cena, o patrão pergunta ao fantasma se a criança vai sobreviver. 

Outra parada do Fantasma do Natal Presente é na casa do sobrinho de Scrooge, para qual fora convidado, mas rejeitara. Aqui, é o sobrinho quem vai defender o tio dos insultos dos demais. “Tenho pena dele. Quem sofre por conta dos seus caprichos doentios? Ele, sempre”, afirma.

Antes de a segunda visita acabar, Scrooge percebe algo agarrado ao Fantasma. Quando este remove sua capa, um garoto e uma garota são revelados: 

“esfarrapados, repulsivos, medonhos, miseráveis... onde deveria haver anjos sentados em seus tronos, havia demônios que encaravam ameaçadores. [...] São filhos dos homens. Esse garoto é a Ignorância. A garota é a Carência. Fique atento à ambos em qualquer situação.”

O terceiro e último espírito, o Fantasma do Natal Futuro, aparece muito mais ameaçador que os demais: sua face oculta por um capuz, utiliza-se apenas da mão para se comunicar. Este leva Scrooge consigo para um caminho pelas ruas de Londres: primeiro, até um grupo de homens que comentam a morte de um conhecido, mostrando desinteresse em comparecer ao velório. Depois, é a vez das diaristas que, carregando roupas de cama, se divertem da situação afirmando que estão “lucrando com a sua morte”. Seguindo até a casa de Cratchit, observamos Bob, que acaba de retornar do cemitério onde está enterrado o pequeno Tim. 

Por fim, o último dos espíritos leva Scrooge até o cemitério de uma igreja, onde o mostra uma lápide, cujo nome lê-se: EBENEZER SCROOGE. Tendo entendido tudo, o personagem suplica: “Diga-me que ainda posso apagar o nome desta lápide!”.

Quando acorda, Scrooge percebe que é o dia de Natal. Feliz por se encontrar ainda vivo, ele chama um garoto na rua e pede que este lhe compre um peru grande. Sai de casa e encontra o mesmo filantropo que tinha dispensado anteriormente, ao qual desta vez propõe um valor grandioso. Almoça com o seu sobrinho e aumenta o salário de seu funcionário, para que possa arcar devidamente com as despesas de sua família. 

“Scrooge fez tudo isso e ainda muitíssimo mais. Muita gente riu da sua mudança, mas ele deixou que rissem, pois tornara-se sábio o bastante para entender que nunca algo de bom acontece neste mundo sem que alguém encontre nisso motivo de riso e zombaria. Como sabia que essas pessoas permaneceriam cegas para a bondade, preferiu vê-las enrugar os olhos em um sorriso de gozação do que vê-las demonstrarem sua enfermidade de uma maneira menos atraente. Seu coração transbordava de felicidade, e isso era o bastante.”

Majestosamente, Dickens finaliza a história com as seguintes palavras:

“Nunca mais Scrooge encontrou os espíritos, mas desde aquele dia passou a viver sob o Princípio da Generosidade Total. E todos concordavam em dizer que ali estava um homem que sabia celebrar o Natal e manter seu espírito vivo o ano todo – se é que algum homem consegue isso. Que o mesmo possa ser dito de cada um de nós. E, como dizia o pequeno Tim, que Deus abençoe cada um de nós!”

De 1843 ao século XXI: a cultura dickensiana do Natal

Quatro dias após a publicação em 19 de dezembro, todas as seis mil cópias da primeira edição haviam sido vendidas, e mais duas triagens foram feitas antes mesmo do Ano Novo. A crítica, em sua maioria, se mostrou encantada com a obra. Em meio a isso, as dúvidas sobre seu talento diminuíram. Era um novo começo para a carreira de Dickens.  

“Deus abençoe seu coração generoso [...] e esteja certo que você animou mais sentimentos nobres e influenciou mais atos positivos e beneficentes com sua pequena publicação do que qualquer púlpito ou confessionário o fez desde o Natal de 1842.”

(Lord Jeffrey)

As inúmeras adaptações da obra para o teatro, ainda em seu tempo, foram um fator que ajudou a popularizar ainda mais a história de Scrooge e seus fantasmas, levando-a até as diferentes camadas sociais. O ano de 1844 marcou o maior número de adaptações teatrais da obra em mais de meio século. Além disso, Dickens em pessoa passou a oferecer leituras públicas de seus escritos em meados de 1850, que tocavam profundamente os corações de quem o ouvia. 

Dickens certamente não foi o inventor do conceito da comemoração natalina: como observamos, as características que agora são associadas a ele já eram práticas antigas, que vinham sendo negligenciadas na maior parte da Inglaterra. No entanto, o que se destaca nos escritos do autor é que, ao invés de lamentar o desaparecimento da tradição, como certos autores faziam, ele buscou reavivar a ideia do Natal. Além disso, sua história não se limita a descrever as celebrações natalinas, mas insere-as nas ações dos personagens, de modo que instiguem valores como companheirismo, compaixão e caridade, sentimentos atemporais que são tangíveis a qualquer leitor, independentemente de sua estabilidade social.

1ª edição de Um conto de Natal, ilustrada por John Leech (1843)

Percebemos com facilidade que, apesar de se tratar de uma história sobre o Natal, não há nenhuma menção direta à figura de Jesus Cristo ou de qualquer instituição do cristianismo. Embora nascido anglicano, Charles era declaradamente crítico às religiões organizadas, especialmente por conta da discrepância hipócrita entre o que é pregado e o que é praticado. Alguns críticos, buscando criar essa conexão com o sacro, pontuam que o escritor apresenta o nascimento de Cristo dentre as práticas comuns, nas oportunidades de educação, condições humanas de trabalho e uma vida decente para todos. 

A santificação da família também se tornou um dos principais aspectos do pensamento vitoriano, mas mesmo famílias que não tinham qualquer afinidade com a visão cristã da data comemorativa celebravam em nome do amor e da prosperidade. Não há nenhum elemento propriamente sagrado em Um conto de Natal, mas sim aparições seculares que trazem a noção de moralidade de uma era.

O casamento da rainha Vitória com um nobre alemão trouxe ao país a afinidade com certos aspectos simbólicos e práticos do período comemorativo e os popularizou entre o povo inglês, como a agora obrigatória árvore de Natal, ornamentada, com presentes empilhados na base e valores germânicos da unidade familiar e da celebração comunitária. Descrita em Um conto de Natal, esse símbolo se disseminou ainda mais entre as casas, até se tornar o insubstituível pinheiro que vemos hoje em dia decorando os lares e as lojas.

O costume de trocar cartões de Natal surgiu concomitantemente à história de Scrooge, e traziam em sua folha de rosto uma família levantando um brinde ou mesmo imagens que descreviam atos filantrópicos, assemelhando-se à festa na casa do Sr. Fezziwig.

Além disso, impulsionado pela tradição já existente de ter o peru como o prato principal do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, a demanda de Scrooge, ao final da obra, por um “peru grande” atinge a economia de ambos os países. Antes, a ave tradicional da ceia natalina britânica era o ganso. 

Também vale mencionar a figura de São Nicolau, baseada nas lendas germânicas e descrita por Clement Clark Moore no ano de 1882 em seu poema “A Visit from St. Nicholas” (também conhecido como “The Night Before Christmas”) como alguém agourento o ano inteiro, que se transforma em um alegre ser que aparecia nas casas nesta época do ano. Com o tempo, Sinterklaas (Sint Nikolaas, São Nicolau) se tornou Santa Claus, ou o Papai Noel da ilustração da Coca-Cola de 1931, que temos como referência ícone até hoje. Este pode assemelhar-se com a ilustração da descrição do Fantasma do Natal Presente apresentada. 

A memória do pequeno Tim 

“Dickens morreu? Então quer dizer que o Papai Noel também vai morrer?”

Essa pergunta foi feita por uma pobre garotinha vendedora na rua de Drury Lane, em 1870, ao ouvir a notícia da morte do escritor. Esse questionamento põe em prova o impacto que Dickens causou em sua sociedade. Comprometido com a denúncia social em suas obras, ele sempre se preocupou em dar voz àqueles colocados à margem devido ao frenesi impiedoso do sistema capitalista em sua etapa de Revolução Industrial. Em Um conto de Natal, observamos esses efeitos da ignorância e da carência em contraste com os benefícios da compaixão, da generosidade, da união familiar e da celebração. 

Dickens não é o pai do Natal, mas certamente foi responsável por revitalizar uma cultura e costumes dessa antiga celebração que vinha deixando de permear as camadas sociais da Inglaterra Vitoriana, e que acabou criando profundas raízes no nosso imaginário, verificando-se até hoje. 

Referências




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Ana Júlia Neves
Pernambucana nascida em 2003, amante dos clássicos da literatura, de todas as vertentes do rock e do cinema como um todo – pura cultura pop. Estudante de História pela Federal da Paraíba, vivendo sua fase "Rory Gilmore em Yale". Obcecada por um artista diferente a cada semana.

Comentários

  1. Amei o texto!!! Eu sou completamente apaixonada por esse conto do Dickens e não sabia do impacto que o livro teve na tradição natalina naquela época e que sobreviveu até os dias de hoje. Incrível <3

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