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Phantom: o musical esquecido de O Fantasma da Ópera

Sim, o Fantasma da Ópera está ali: dentro das mentes do nosso inconsciente coletivo cultural mundial (e da mente de Christine Daaé também, é claro).

A lenda de seu famigerado nome surgiu na França, alcançando depois o restante do mundo como as vibrações do canto de uma artista precisam alcançar os fundos de uma plateia para serem ouvidas. Imagens especulativas em torno de sua possível aparência foram criadas a seu respeito, e delas ficou mais fortemente reconhecível o símbolo da misteriosa máscara dividida pela metade, por trás da qual muitas versões de um homem corrompido pelo amor e a vida persistiram em sobreviver para além das catacumbas da Ópera de Paris. Dali, o Fantasma saiu de seu berço literário para tentar uma nova vida nas telas do cinema, até enfim se reencontrar anos mais tarde outra vez nos palcos de um teatro. Ou melhor, de vários teatros, ganhando uma proporção que talvez nem ele mesmo teria esperado.

O título "O Fantasma da Ópera" carrega uma aura muito enigmática nas palavras que o compõem. "Fantasma" traz uma ideia de sombrio, sobrenatural, enquanto "Ópera" alude à uma espécie de opulência impressionante, resultante não somente da grandiosidade própria desta forma de expressão artística, mas também de sua inacessibilidade à maioria das pessoas que não são da burguesia. Esses elementos abstratos permeiam o nosso imaginário sobre essa obra, mesmo que no subconsciente, e quando combinados dessa forma, nos instigam facilmente a querer saber mais sobre o que há por trás dela com um certo fascínio. Esta pode ser uma das várias possíveis razões para que O Fantasma da Ópera já tenha tido tantas adaptações distintas ao longo das décadas desde pouco tempo depois de sua bem-sucedida publicação original como novela entre os anos de 1910 e 1911, em um folhetim francês, escrita pelo autor e jornalista Gaston Leroux.

Por esse motivo, mesmo que uma pessoa nunca tenha tido contato com a história de O Fantasma da Ópera, seja lá por qual meio em que já foi adaptada, é muito provável (ou ao menos as chances não são tão difíceis) de que que ela já tenha ao menos ouvido falar dela de alguma forma. Mas é bem mais provável ainda que, no caso de já ter realmente ouvido, hoje em dia esta pessoa associe este título especificamente à peça musical de 1986, com músicas de Andrew Lloyd Webber, letras de Charles Hart e libreto de Webber e Richard Stilgoe.

Sendo ela um produto direto de sua época, representando o ápice daquela que ficou conhecida como a fase em que a Broadway teve a sua "British invasion", na qual uma massa de musicais oriundos do West End inglês se transferiram para os teatros nova-iorquinos (entre eles Les Misérables, por exemplo), a peça difundiu de vez o estabelecimento do conceito de "megamusical" que havia começado a ser introduzido no início daquela década com a estreia de musicais como Cats (também de Andrew Lloyd Webber, diga-se de passagem), e que eventualmente se tornaria a grande base da potência comercial da Broadway pelas décadas seguintes, com espetáculos grandiosos "arrasa-quarteirão" que são cheios de efeitos, cenários elaborados, figurinos vistosos e trilhas sonoras épicas que o público sairia cantando após assistir aos shows. Basicamente, se Cats está para o megamusical como Tubarão está para o cinema blockbuster, O Fantasma da Ópera é o Star Wars dessa equação.

O estouro do sucesso foi tanto que a peça virou ponto turístico de Nova York e saiu da bolha do circuito teatral para se tornar a peça musical mais lucrativa da história e praticamente um símbolo de projeções mundiais desse gênero dramático, passando a ser conhecida até mesmo por quem não gosta, quem não entende nada, e quem nunca sequer pisou num teatro para ver um musical; ganhando montagens internacionais, produtos e merchandisings à venda de todo tipo, covers e releituras de artistas pop das canções mais famosas, e uma adaptação cinematográfica divisiva que talvez só tenha servido para incentivar mais pessoas a assistirem a peça ao vivo - tanto pelo bem, quanto pelo mal. O último musical a conseguir realizar este feito de forma semelhante foi Hamilton, que também pode ser considerado um megamusical. Porém, em suma, quando se pensa em Broadway, se pensa em O Fantasma da Ópera (o que tornou ainda mais alarmante o recente anúncio de que, após 35 anos em cartaz de forma ininterrupta em Nova York, o musical irá encerrar finalmente suas apresentações na Broadway em fevereiro de 2023, devido aos impactos econômicos da pandemia na produção. Se nem mesmo essa peça está aguentando se manter de portas abertas, o que será das outras que não têm o mesmo prestígio? É um grande alerta vermelho de como se encontra a situação do cenário artístico e teatral atual, e isso não se limita aos EUA: é uma questão ainda mais séria no Brasil).

No entanto, esta não é a única adaptação musical já feita para os palcos do clássico de Gaston Leroux. Na verdade, houve ao menos mais duas outras antes dessa versão que melhor conhecemos. Uma delas, em particular, foi concebida mais ou menos na mesma época de O Fantasma da Ópera de Andrew Lloyd Webber. Mas ao invés de se chamar pelo nome completo da obra, seu título é simplesmente "Fantasma", ou Phantom, como é no original. E, de fato, bem como um fantasma invisível, foi assim que esse musical ficou diante da sombra monumental lançada pela sua adaptação concorrente.

Pôster de Phantom, de Maury Yeston e Arthur Kopit
Com libreto de Arthur Kopit e música e letra de Maury Yeston (ambos mais conhecidos pelo seu musical Nine, vencedor do Tony Awards de 1982, inspirado no filme , de Federico Fellini, e que chegou a ganhar uma versão própria para o cinema estrelada por Daniel Day-Lewis), Phantom para eles tinha intenções inicialmente bem mais modestas que as de o Fantasma de Lloyd Webber em termos de objetivo de projeto. Para medidas de comparação, as fofocas dizem que uma das várias razões que levaram Andrew Lloyd Webber a decidir adaptar O Fantasma da Ópera foi a de ressaltar e apresentar ao mundo a voz soprano de Sarah Brightman, uma até então jovem e bela atriz e cantora, que havia tido sua estreia nos palcos em Cats. E Webber conseguiu, porque ela não só se tornou a intérprete original de Christine Daaé nas produções da Broadway e do West End, como os dois eventualmente se casaram também depois dessa. Não durou, mas, levando em consideração que Webber era um compositor apaixonado que queria destacar os talentos de sua musa com suas canções, qualquer semelhança com o enredo de seu musical talvez não seja mera coincidência... 

De qualquer forma, a oportunidade chegou para a dupla Yeston/Kopit por acaso, em 1983, através do contato de Geoffrey Holder, um ator, diretor e dançarino que havia adquirido os direitos de adaptação de O Fantasma da Ópera, e que, por ter gostado do trabalho de Kopit e Yeston em Nine, desejava transformar a história em um musical por meio da visão artística deles. Nem Kopit, nem Yeston, levaram muito a sério a sugestão de Geoffrey nesse primeiro momento. Yeston, principalmente, acreditava ser inviável produzir um musical baseado em uma história de horror (apesar de Stephen Sondheim já ter provado o contrário em 1979 com seu Sweeney Todd). Entrentanto, depois de pensar um pouco melhor, ele observou que o tom do livro original poderia ser alterado dependendo da abordagem que tomassem com o seu Fantasma. E Kopit e Yeston ainda teriam uma vantagem caso levassem a adaptação adiante: como Geoffrey havia comprado os direitos, aquela seria - até aquele momento - a única produção musical estadunidense de O Fantasma da Ópera autorizada diretamente pelo espólio de Gaston Leroux.

Enfim com a missão do projeto oficialmente em mãos, Maury Yeston e Arthur Kopit partiram para a sua realização naquele mesmo ano. A proposta de montagem de seu Phantom teria uma abordagem inspirada na clássica versão cinematográfica francesa de A Bela e a Fera (1946), de Jean Cocteau. Isso tanto em termos de construção narrativa, quanto de tom e atmosfera, seja na música ou nos cenários. Num geral, a intenção principal era a de trazer um desenvolvimento mais aprofundado da relação entre as personagens centrais da história. Kopit sentia que frequentemente havia uma falta de humanidade na caracterização do Fantasma no livro de Leroux e nas antigas adaptações para o cinema, o que a seu ver dificultava com que a aproximação de Christine fosse convincente, e ele queria mudar isso na escrita de seu libreto. Seu Fantasma não seria um ser quase monstruoso, mas um herói romântico com propósitos muito bem justificados e com o qual o público se importaria.

Assim, ele e Yeston seguiram a todo vapor na produção do material. Quando já estavam começando a procurar por investidores para tirar o musical do papel e levá-lo para a Broadway, eles só não contavam com um banho de água fria - ou seria a queda de um lustre? - que viria a seguir com toda a força por cima de suas cabeças: apesar de terem os direitos de O Fantasma da Ópera nos Estados Unidos, o livro estava prestes a entrar em domínio público na Grã-Bretanha (e em cerca de dois anos entraria nos EUA também, o que acabaria com a garantia de exclusividade de sua adaptação). Foi então que, já em 1984, Andrew Lloyd Webber lançou o anúncio que nenhum deles esperava: ele estava criando a sua própria adaptação de O Fantasma da Ópera.

Como se a simples ameaça da produção concorrente já não fosse o suficiente, a derrota inesperada de Kopit e Yeston se fez real finalmente quando os possíveis investidores de seu Phantom desistiram do projeto por já estarem ajudando a financiar o Fantasma de Lloyd Webber. Afinal, com sucessos anteriores em seu currículo como Jesus Cristo Superstar, Evita, e, é claro, Cats, Webber já havia se provado um sucesso comercial e, portanto, era uma aposta financeira mais segura do que o musical estadunidense da dupla, o que acabou por ser confirmado quando o espetáculo fez suas estreias em 1986, no West End, e em 1988, na Broadway, ambos com estrondo.

Kopit e Yeston ficaram absolutamente devastados. Mesmo tendo iniciado o processo de escrita e composição de seu musical muito antes de Lloyd Webber, eles não tinham como competir com o impacto e a popularidade já estabelecidas mais rapidamente pela versão do inglês, de modo que seu Phantom acabou por ser engavetado, e as chances de ver todo o trabalho feito nele ser montado pareciam mínimas.

Tudo mudou quando o texto do musical ganhou uma segunda vida em formato de minissérie em 1990. Após escrever o roteiro de um outro seriado relativamente bem-sucedido para a rede NBC de televisão, Arthur Kopit enviou o seu libreto adaptado de Phantom para a emissora, na esperança de que talvez o potencial de sua versão da história de Leroux falasse mais alto. Ele precisou convencer os executivos da NBC de que sua adaptação não tinha nada a ver com a de Webber, mas, visto que o musical estava em alta, muitas outras adaptações de O Fantasma da Ópera começaram a surgir nessa época, o que provavelmente fez com que a emissora enxergasse ali uma oportunidade interessante. Nenhuma das canções compostas por Maury Yeston fariam parte da adaptação para a televisão - o que retirou completamente a linguagem musical do trabalho original da dupla -, mas a produção seria filmada na verdadeira Ópera de Paris (também chamada de Ópera Garnier), na França, e estrelada por Charles Dance como o Fantasma.

The Phantom of the Opera (1990)

Graças ao êxito da minissérie, o musical de Kopit e Yeston finalmente recebeu a luz verde para ser produzido em 1991, estreando em Houston, no Texas, numa montagem feita por uma companhia de teatro local chamada Theater Under the Stars. A essa altura do campeonato, Kopit e Yeston já haviam assistido à adaptação de Webber. Porém, ao invés disso aumentar a frustração que uma vez haviam sentido com a sua estreia, eles readquiriram ali uma confiança de que ainda havia espaço para a sua própria versão existir em meio ao sucesso do outro megamusical, o que também foi crucial para que eles tivessem a motivação de fazer seu Phantom acontecer de vez. Isso veio principalmente através de uma constatação de Kopit de que sua adaptação com Yeston era fundamentalmente diferente da versão de Webber.

A base essencial da trama de ambas é a mesma, como já sabemos: em meados de 1880, a Ópera de Paris é assombrada por um ser conhecido como "O Fantasma da Ópera". Este ser, no entanto, é na verdade um homem chamado Erik, um "gênio musical" incompreendido que possui uma desfiguração no rosto, a qual ele esconde sob uma máscara. Quando ele conhece uma jovem soprano chamada Christine Daaé, ele se encanta por sua voz e se apaixona por ela, tornando-a sua pupila de canto. Entretanto, a partir daí já começam a surgir divergências no desenvolvimento dessa linha narrativa nos dois musicais, além de que o coração e espírito de cada adaptação são completamente outros.

Dentre as diferenças está o fato de que o amigo de infância e interesse romântico de Christine, o visconde Raoul de Chagny, provavelmente o terceiro personagem mais relevante do musical de Webber depois do próprio Fantasma e Christine, e que está presente também no livro de Leroux, nem sequer aparece no musical de Yeston e Kopit. O vácuo dessa figura em Phantom acaba sendo substituído pela de Gérard Carrière, chefe da companhia da Ópera de Paris, e que, descobre-se mais tarde, é também o pai de Erik. Somente essa distinção já cria uma distância substancial entre as duas adaptações, pois enquanto no Fantasma de Webber pode-se dizer que o conflito principal da história se encontra no triângulo amoroso formado por essas personagens, as angústias do Fantasma de Yeston e Kopit vão além de apenas seu amor proibido por Christine; elas se enraizam muito também em um conflito familiar entre pai e filho.

Foto promocional de Phantom (1991)

Em Phantom, descobrimos muito mais sobre o passado de Erik, tendo alguns vislumbres de sua infância ao lado da mãe amorosa que não o rechaçava por sua aparência, também o início da sua conexão com a música, e assim compreendendo um pouco melhor suas atitudes futuras e as circunstâncias que o levaram a ser o pária social que conhecemos no tempo presente da peça. Essa é uma inserção que está alinhada ao objetivo que Kopit tinha de humanização do Fantasma, dando-lhe uma visão mais empática da personagem, fazendo assim um bom contraponto à composição do Fantasma de Webber, que possui um comportamento obssessivo, pouco justificado pelo roteiro além de sua desfiguração e sua paixão por Christine, por quem nutre um sentimento de possessividade quase psicótico. Por outro lado, essa possessividade se apresenta mais com relação ao próprio "templo sagrado" da Ópera de Paris do que para com Christine em Phantom. O Erik de Yeston e Kopit ataca somente a quem, em sua opinião, não trata a arte da música com o devido respeito, ou quem se apresenta como um obstáculo para Christine em sua trajetória artística. O Erik de Webber nesse sentido já é um pouco mais "emocionado", por assim dizer, assustando a todos que tiverem a má sorte de cruzarem o seu caminho em um rompante de surto.

Ligado a esse último ponto, o fator "melodrama" também é muito mais forte na versão de Webber, o que é perceptível até mesmo pela sonoridade das músicas da trilha sonora. O mix de sintetizadores típicos dos anos 1980, com a tonalidade afiada dos sons de órgão que tomam de sobressalto a Overture e a famosa canção-tema do musical, "The Phantom of the Opera", instalam de cara a atmosfera de algo macabro de uma forma quase impossível de ignorar para quem está escutando, o que muito possivelmente não teria o mesmo efeito num arranjo com outros instrumentos, ainda que seja possível de se argumentar que atualmente alguns deles possam estar até um tanto datados, como o próprio sintetizador, por exemplo (será que se esse musical tivesse sido criado nos dias de hoje, ele teria necessariamente usado esse recurso da mesma forma?). De todo modo, o choque do drama elevado é imediato na maioria das composições de Webber (o que na realidade é um traço de identidade musical que não é exclusivo de seu Fantasma). Canções como "Masquerade", "All I Ask of You" e "The Point of No Return" são outras boas amostras dessa dramaticidade exagerada.

Já na trilha sonora composta por Maury Yeston para Phantom, a sonoridade das músicas é tecnicamente muito mais condizente ao som do período histórico em que se passa o enredo. Aqui, os sintetizadores de Webber dão lugar a orquestras clássicas, e as canções ganham uma textura mais romântica e leve, como em "You Are Music" e "My True Love", talvez as faixas mais marcantes do musical. Essa definição, contudo, acaba sendo outra desvantagem dessa versão em comparação a de Webber: pelos arranjos serem mais "tradicionais", as melodias das músicas não são tão memoráveis, e por isso é um pouco mais difícil de pontuar alguns destaques. Ainda assim, considerando que essa adaptação se inspira em uma versão de A Bela e a Fera, é curioso notar como algumas das canções chegam até a lembrar um pouco da mesma "energia" das músicas de A Bela e a Fera da Disney, como é o caso de "Mélodie de Paris".

Inclusive, se Christine seria aqui a nossa Bela, o pano de fundo da personagem também é diferente nos dois musicais. Em Phantom, ela é uma cantora de rua, sem muitas posses, ao passo que no musical de Webber ela faz parte do coro da Ópera de Paris e claramente teve uma educação que gozou de boas condições financeiras e sociais.

Christine e Erik em Phantom (1991)

O final permanece trágico em ambas as adaptações. Porém se no Fantasma de Webber o roteiro deixa em aberto o que houve com Erik após sua fuga das catacumbas de onde se escondia (um mistério que meio que deixou de existir após a estreia de Love Never Dies, o controverso musical-sequência de O Fantasma da Ópera de 2010, também de Andrew Lloyd Webber), em Phantom não fica dúvidas de que ele realmente morre depois de ser ferido em um embate fatal e deixa com que Christine remova sua máscara. No entanto, mesmo com esse gesto da personagem, aqui o público não vê o seu verdadeiro rosto em nenhum momento durante o musical, o que é mais uma grande diferença não só da adaptação de Webber, que retira a máscara de Erik pelo menos duas vezes ao longo da peça, como também difere de todas as outras adaptações prévias de O Fantasma da Ópera, com destaque para a versão cinematográfica de 1925, com Lon Chaney, que marcou época com a revelação do visual de sua maquiagem monstruosa.

Distinções à parte, em síntese, Arthur Kopit e Maury Yeston tiveram sucesso em sua adaptação. Obviamente, este sucesso é incomparável ao Fantasma de Webber, mas apesar de seu musical nunca ter estreado na Broadway como era inicialmente planejado, Phantom conquistou a honraria de ter sido montado em mais de 1.000 produções ao redor do mundo, o que é um feito que não pode ser ignorado, ainda mais tendo em vista o quanto ele é desconhecido e de menor porte em comparação ao seu gigante concorrente. Ironicamente, Yeston gosta até de se referir ao musical como "o maior hit a jamais ser produzido na Broadway". Uma prova de que, mesmo no escuro e esquecido, esse Fantasma ainda se fez ser ouvido.

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