últimos artigos

Recordando Sherlock Holmes: a memória nos contos de Sir Arthur Conan Doyle

 

“Talvez o mais grandioso dos mistérios de Sherlock Holmes seja este: quando falamos nele, nós, invariavelmente, caímos na fantasia de sua existência”

(T. S. Eliot)

No inverno de 1893, foi publicado o livro de contos As memórias de Sherlock Holmes (The memoirs of Sherlock Holmes), de Sir Arthur Conan Doyle. A primeira edição inglesa da obra foi lançada pela Strand Library com 11 contos; posteriormente, houve ainda o acréscimo de um décimo segundo conto. Um dado curioso é que, mesmo na ocasião do lançamento, os leitores da época já estavam bastante familiarizados com o conteúdo das histórias de Doyle. Isso se explica pelo fato dos contos terem sido publicados na revista Strand Magazine entre os anos de 1891 a 1893, antes de, finalmente, figurarem em livro, um que os aficionados pelas aventuras do mais famoso detetive de Londres e de seu melhor amigo pudessem guardar com carinho nas suas estantes particulares.

Com os contos reunidos e publicados sob esse título tão sugestivo, uma dúvida perfeitamente legítima pode surgir de imediato — afinal, quem lembra de Sherlock Holmes n’As memórias de Sherlock Holmes? Tratam-se de narrativas a partir da memória que outras personagens têm a respeito dele ou de um resgate das memórias que o próprio Sherlock tem sobre si mesmo, um mergulho nos episódios do seu próprio passado? O título é fatalmente ambíguo, e este artigo pode tentar sugerir, atacando por diversos lados, alguns meios de chegar ao(s) sentido(s) d’As memórias de Sherlock Holmes.

Os lugares da lembrança: As memórias sobre Sherlock e as memórias de Sherlock


Tanto para quem já leu todos os livros, quanto para quem conhece Sherlock só de nome, o conteúdo das histórias do detetive não deve ser um mistério para ninguém: investigações. Cada história narra um caso que dá a ver as várias faces e talentos que Holmes demonstra ter como detetive. Enquanto alguns contos retratam episódios realmente sangrentos e misteriosos, outros sequer chegam a configurar crimes, não passando, portanto, de enganos, mal-entendidos ou meros planejamentos, que, felizmente, são antevistos e impedidos por Sherlock antes de se concretizarem.

Para começar a pensar a memória nos contos de Doyle, pode ser bom notar como nessas histórias Sherlock e Watson constroem uma relação que é de amizade e, ao mesmo tempo, de descoberta contínua um do outro. Isso vale para a imagem que Sherlock tem de Watson e, mais importante ainda, para a imagem que Watson constrói de Sherlock. Aos olhos do amigo, a figura do detetive se renova a cada relato; aqui e acolá salta um traço que surpreende, mostra-se uma face de Holmes até então desconhecida e nada disso é por acaso. Mais de uma vez, o próprio Watson tem a oportunidade de esclarecer que o critério para a seleção e a escrita dos casos de Sherlock é a procura por histórias que mostrem uma nova face da existência de seu amigo, uma nova maneira de proceder diante dos casos que se apresentam, uma nova habilidade ou uma nova característica tanto positiva, como a aptidão para alguns poucos esportes ou o gosto por literatura, quanto negativa, como o vício em ópio e morfina.

Do ponto de vista de quem busca se colocar em vários cantos para melhor tentar apreender na sua totalidade o objeto que está no centro, é como se Watson, por mais amigo, por mais observador, por mais companheiro, jamais chegasse totalmente a conhecer Sherlock. Assim, o propósito narrativo de cada conto pode ser o de tentar cristalizar a imagem do detetive, assegurando a sua memória, ao mesmo tempo em que promove-se um exercício de conhecimento do outro. Watson escolhe narrar os casos que dão a conhecer a figura do seu amigo tal como ele era, como ele procedia diante de cada caso, preservando a sua figura, enquanto certa aura de mistério permanente faz com que o leitor e a leitora também captem nos seus escritos essa sensação de surpresa, como a de se ver diante de uma incógnita perpétua, uma esfinge que, ao invés de perguntar para devorar, se recusa de saída a entregar o enigma que pode destruí-la, para começo de conversa.

Sir Arthur Conan Doyle

Com isso em mente, chegando mais perto dos contos e tentando não entregar os desfechos, o fato é de que muitas narrativas - a grande maioria delas na verdade - se afiguram ao leitor como sendo as memórias de Sherlock no primeiro sentido apontado, no sentido de que Watson é quem lembra Sherlock, e o detetive consultor, por outro lado, vive pela memória que o amigo tem dele, pelo que Watson anota de Sherlock em seu diário. Assistimos Sherlock no meio de narrativas bem diferentes entre si, como Silver Blaze, que conta o desaparecimento de um cavalo de corrida, até a orelha decepada entregue na caixa de correio de uma senhora no conto A caixa de papelão.

Porém no meio dessa variedade de episódios, destacam-se dois contos que estão no miolo da obra: trata-se das histórias A tragédia do Glória Scott e de O ritual Musgrave. Os contos merecem ser observados com mais vagar, pois parecem sugerir um outro sentido para as memórias de Sherlock, o segundo sentido que apontamos no começo — neles, o próprio Sherlock trata de rememorar episódios vividos anteriormente e que, narrados para Watson em duas ocasiões oportunas, são retransmitidos ao leitor pelo médico. Esses são contos em que há uma "história dentro da história", e a narrativa de Sherlock se encaixa na narrativa maior contada por Watson. As traduções de todos os trechos foram feitas por Maria Luiza Borges:

“'Tenho alguns papéis aqui’, disse meu amigo Sherlock Holmes numa noite de inverno, cada um de nós sentado de um lado da lareira, ‘em que realmente me parece que valeria a pena você dar uma espiada, Watson. Estes são os documentos relativos ao extraordinário caso do Gloria Scott, e esta, a mensagem cuja leitura matou de horror o juiz de paz Trevor.”

Partindo de uma situação inicial em Baker Street, nos dois contos, Sherlock começa encontrando itens de seu passado — como o bilhete-enigma do caso Gloria Scott ou uma porção de objetos do caso Musgrave — e são esses objetos que fazem florescer em Sherlock a rara vontade de revisitar seu passado, partilhando-o com Watson e, por fim, conosco. O que ambos os contos têm em comum é que são relatos da juventude de Sherlock. Em A tragédia do Gloria Scott, o detetive experiente rememora a si mesmo como estudante universitário, quando ele ainda não pensava na vida investigativa como profissão, mas já se envolvia com a criação do que ele chama de “metodozinhos de pensamento”, nos quais, certamente, estão incluídas as habilidades dedutivas que lhe seriam tão úteis no futuro.

O jovem Sherlock é apresentado como uma figura calma, de poucos amigos ou, mais precisamente, de nenhum amigo para além daquele que faz em circunstâncias inesperadas, o jovem Victor Trevor. No cultivo dessa amizade, Sherlock visita a propriedade dos Trevor, conhecendo o pai de Victor. No meio da conversa no jantar, o velho Trevor é quem pede a Sherlock que lhe dê alguma amostra das suas habilidades e, quando Sherlock analisa e capta uma porção de detalhes da figura do velho Trevor, inclusive aqueles que ele gostaria de ocultar, o resultado não poderia ser outro: o pai de Victor desfalece de espanto sobre a mesa. A partir desse ponto, a trama se adensa com a chegada de um marinheiro soturno na propriedade dos Trevor, uma morte em circunstâncias misteriosas e a escrita de um bilhete, aquele mesmo que Sherlock guardava consigo como uma espécie de espólio daquele que ele considerava “o primeiro caso com que me envolvi”.

Uma coisa pode ser frustrante, no entanto: nessa história, Sherlock mal participa da resolução do caso. Suas qualidades dedutivas já despontam e são essenciais para chegar à verdade da morte ocorrida. Mas para além disso, essa é uma daquelas histórias em que os eventos se desenrolam de forma mais ou menos independente em relação ao detetive, de modo que ele logo obtém uma confissão longa que soluciona o caso, colocando os pingos nos "is" sobre um crime que prometia um desdobramento aos moldes do evento narrado no primeiro romance de Sherlock, Um estudo em vermelho, de 1888.

Sherlock Holmes (1984)

Já no conto O ritual Musgrave, Sherlock está dando seus primeiros passos como detetive, recém-saído da universidade e com planos de fazer uma carreira empregando as habilidades e os métodos que o distinguem. Sabendo que Sherlock está tentando colocar suas habilidades a serviço dos outros, o jovem aristocrata inglês, Reginald Musgrave, colega de Holmes dos tempos da universidade, leva até ele o seu caso. O mistério que tem como palco a antiga propriedade Musgrave de Hurlstone envolve os amores e as desavenças entre Brunton, o mordomo de Musgrave, e Rachel, a criada, passando por desaparecimentos e mortes até se revelar como uma trágica caça ao tesouro. Ao contrário do ocorrido em A tragédia do Gloria Scott, nesse conto Sherlock tem a oportunidade de fazer uso pleno das suas habilidades dedutivas e lógicas. O resultado é um caso que vai se desvelando, pouco a pouco, muito mais sombrio e grotesco do que parecia no começo da investigação, um mistério em que o jovem Holmes, de fato, tem a oportunidade de colocar-se à prova e brilhar com a máxima energia.

Enfim, é possível perceber que esses dois contos que trazem episódios rememorados pelo próprio Sherlock se alinham com o propósito geral das narrativas de Watson: guardar os traços da figura de seu grande amigo. Os contos se ajustam a essa constelação maior das narrativas d’As memórias na medida em que expandem o conceito de memória posto em jogo na obra — a escrita simultânea de uma memória dos outros e de uma memória de si próprio —, além de fornecer novos pontos de vista sobre o caráter, as ações, os êxitos e as falhas de Sherlock. Assim, os dois sentidos de memória sugeridos no começo — memórias sobre Sherlock e as memórias que ele tem de si mesmo — estariam em jogo.

O réquiem do detetive: a memória como triunfo sobre a morte


Mas conforme a leitura avança conto por conto até a história que encerra o livro, é possível desconfiar ainda de um terceiro sentido de memória que pode estar operando no título da coletânea. Trata-se da memória que não é a memória dos feitos, dos casos ou da existência simplesmente, mas da memória de uma vida que chega ao fim, uma memória de sentido fúnebre, como na expressão latina in memoriam, "em memória de". O conto de encerramento do livro, chamado O problema final, ocupa um lugar importante nas narrativas sherlockianas, pois nele evidenciam-se quais os planos que o autor, Sir Arthur Conan Doyle, traçou para o destino de sua personagem mais famosa.

“É consternado que pego da pena para escrever estas últimas palavras com que registrarei os singulares talentos pelos quais meu amigo Mr. Sherlock Holmes se distinguia.”

Nesse conto, começando por referir-se a Sherlock no passado, Watson se apresenta como prestes a narrar uma história que ainda lhe causa muito sofrimento. Dois anos se passaram entre a aventura e o relato da aventura, e o texto elucida como Watson só se propôs a narrar esse episódio amargo da sua vida porque a memória de Sherlock viu-se ameaçada pelas calúnias públicas do irmão de seu arqui-inimigo, o professor de matemática James Moriarty. Portanto, é para defender a memória de Sherlock que Watson começa a contar a verdade, a aventura final de seu melhor amigo.

Em todos os aspectos, esse é um conto que se diferencia dos demais. Sherlock entra em cena não como um investigador-caçador, mas como presa. É com a vida sob ameaça que ele procura Watson em seu consultório médico e apresenta, pela primeira vez, a figura do professor Moriarty, um gênio que partilha das suas habilidades de raciocínio, mas que as utiliza para fazer o mal.

“Ele é o Napoleão do crime, Watson. É o organizador de metade do que se faz de errado e de quase tudo que passa despercebido nesta grande cidade. É um gênio, um pensador abstrato. Tem um cérebro de primeira ordem. Permanece estático, como uma aranha no centro de sua rede, mas essa rede tem mil radiações e ele conhece cada palpitação de cada uma delas.”

Pela primeira vez, vemos Sherlock se apresentar quase com medo. Holmes e Moriarty já estão em seu jogo de gato-e-rato há um tempo e, quando Watson encontra o detetive, os eventos prometem estar no seu momento de desenlace final. Moriarty é desenhado pelo próprio Sherlock como uma criatura tão poderosa e tão vil que os leitores só podem estranhar o fato deste arqui-inimigo mortal ter, de repente, pulado das sombras. Causa estranhamento o fato de Holmes nunca ter falado dele — mas, fora as exceções colocadas nesse livro, Sherlock nunca falou de muita coisa de seu passado, para começar, e também aí ele provoca uma surpresa quando nos fala de Moriarty. Ele parece uma figura plantada de última hora, feita para funcionar como o único inimigo à altura de Sherlock, o único capaz de realizar os desejos de Conan Doyle, o criador que em determinado momento, à maneira de Victor Frankenstein, personagem de Mary Shelley, passa a odiar a própria criatura. Tanto Moriarty quanto Conan Doyle querem uma única coisa: matar Sherlock, enfim.

Sherlock Holmes (1939)

E sendo incontornáveis os spoilers, nesse único caso é preciso antecipar que o detetive é morto. Acostumado a perseguir ao invés de ser perseguido, Sherlock e Watson percorrem distâncias que nunca traçaram juntos pela solução de qualquer caso. Watson não reluta em acompanhá-lo em seu exílio voluntário na Suíça, onde ele aguarda os desdobramentos de uma empreitada final para capturar Moriarty. Acontece que a emboscada não sai como Holmes imaginava e ele precisa pagar pelo seu erro com a própria vida.

Ao término de um duelo com roupagens épicas, o final deixa fortemente insinuado que ambos, Sherlock e Moriarty, despencaram das grandes alturas das cataratas de Reichenbach, onde encontraram, juntos, o fim. A última cena do conto é tão bonita quanto sugestiva — um cajado que Holmes usava para escalar altitudes é fixado em uma fenda nas rochas junto a um bilhete. Watson, que foi enganado e afastado da cena de duelo fatal, retorna ao lugar onde o amigo teria morrido para encontrar não o corpo, mas os mesmos cajado e bilhete, funcionando como uma espécie de marcador tumular. Na carta de próprio punho, o detetive se despede e busca dissipar de vez toda e qualquer dúvida em torno do seu destino.

“É um prazer pensar que serei capaz de livrar a sociedade de quaisquer efeitos ulteriores de sua presença, embora tema que isso vá custar o sofrimento de meus amigos, especialmente o seu, meu caro Watson [...]. Dispus de todos os meus bens em testamento antes de deixar a Inglaterra e entreguei-o ao meu irmão Mycroft. Por favor, apresente meus cumprimentos a Mrs. Watson e creia-me, meu caro companheiro, sinceramente seu, Sherlock Holmes.”

Ainda no final do século XIX, não foi pequeno o impacto desse episódio sobre os milhares de fãs de Sherlock, tal como documenta José Francisco Botelho em seu ensaio A aproximação de Moriarty. Levando a sério as palavras de T. S. Eliot na epígrafe deste artigo, se Sherlock dava a impressão de estar vivo, quando Conan Doyle o matou, a reação pública foi, não à morte de uma personagem fictícia, mas a um assassinato de uma pessoa real. Ainda segundo Botelho, aqueles entre os supostos precursores dessa categoria tão popular hoje em dia — o fandom — teriam fixado braçadeiras negras nos braços, simbolizando o luto ante a morte da personagem querida. Antes de circular em livro, a publicação do conto na The Strand Magazine rendeu à revista cancelamentos de assinaturas na casa dos milhares.

Muitos corações se comoveram, exceto um. Conan Doyle teria reagido ao seu próprio feito de maneira um tanto quanto sádica na visão de qualquer leitor: “Matei Holmes”, o autor teria escrito em seu diário, simplesmente. Esse mesmo gesto assassino rendeu, em 2016, a criação do musical de John Reeger e Warner Crocker, O homem que assassinou Sherlock Holmes (The man who murdered Sherlock Holmes). Já sobre as ressonâncias do conto, foram feitas diversas adaptações para o cinema e para a TV, uma das mais recentes sendo de 2012, no terceiro episódio da 2ª temporada de Sherlock chamado As cataratas de Reichenbach. Um exemplar menos adaptado e mais fidedigno ao texto de Doyle pode ser encontrado no episódio O problema final, da série As aventuras de Sherlock Holmes, de 1985.

Mais ou menos desde a Grécia antiga narram-se histórias de grandes feitos na busca de imortalizá-los e de fazer com que o protagonista desses feitos, o herói, seja lembrado mesmo depois da morte. Ao fim, é essa manutenção da sua memória que permite ao herói superar aquela que seria a verdadeira morte, mais definitiva que a morte do corpo: o esquecimento. De forma semelhante, a documentação das várias memórias de Sherlock permitiriam ao leitor viver e reviver continuamente as aventuras do detetive e os episódios determinantes do seu destino. Todos os contos parecem conspirar para fixar a memória da sua pessoa, das suas características, das suas relações – por vezes conflituosas, por vezes amenas — com as figuras do seu entorno. Até elementos do passado familiar de Sherlock são mencionados pela primeira vez nesses contos — é o caso da primeira aparição do irmão mais velho de Sherlock, Mycroft Holmes, no conto O intérprete grego. Com isso, um dos sentidos de memória a se desvelar é o de memória fúnebre e, deste modo, não só o conto específico da morte de Sherlock, como o conjunto do livro como um todo funcionariam como uma lápide para o detetive inglês.

Ao fim, pouco importa que Sherlock tenha dado um jeito de sobreviver e retorne triunfante no conto A aventura da casa vazia, parte da coletânea A volta de Sherlock Holmes. Não importa que Conan Doyle, por uma mistura de pressão do fandom e necessidades financeiras, tenha removido essa pedra do túmulo do detetive e trazido não só ele, mas também Watson, de volta do mundo dos mortos. O livro permanece relevante e central para o imaginário sherlockiano e lê-lo é manter Sherlock sempre vivo e recordá-lo no sentido mais elementar — o termo latino para a recordação, recordatio, é composto pela palavra “cor”, que significa coração, atrelada ao prefixo “re”, que significa “de novo” ou “outra vez”. Assim, recordar uma vez já implica continuar recordando, pois se trata do ato de sempre trazer algo junto ao coração — e é precisamente aí, junto ao coração, que Sherlock deve habitar enquanto houver leitoras e leitores dispostos a acompanhar suas aventuras.


Se interessou pelo livro? Você pode comprá-lo clicando aqui!

(Participamos do Programa de Associados da Amazon, um serviço de intermediação entre a Amazon e os clientes que remunera a inclusão de links para o site da Amazon e os sites afiliados. Ao comprar pelo nosso link, você não paga nada a mais por isso, mas nós recebemos uma pequena porcentagem que nos ajuda a manter o site.)

Referências



Arte em destaque: Mia Sodré



O Querido Clássico é um projeto cultural voluntário feito por uma equipe mulheres pesquisadoras. Para o projeto continuar, contamos com o seu apoio: abrimos uma campanha no Catarse que nos possibilitará seguir escrevendo o QC por muitos anos - confira as recompensas e considere tornar-se um apoiador. ♥
Michele Soares
Ensaísta ma non troppo — está mais para a expressão coup d'essai, em contínua tentativa. No momento, está tentando se graduar em Letras Clássicas, enquanto escreve poemas de sabor duvidoso, além de artigos sobre literatura e música; também está tentando viver sem fones de ouvido 24/7 e comprar menos livros para ler os que já tem. Mais de três vezes por dia, precisa lembrar a si própria e aos outros de que Salieri não matou Mozart, fora o projeto permanente de tentar falar com seriedade ao menos uma vez na vida — nisso, como se vê, está sempre falhando.

Comentários

Formulário para página de Contato (não remover)