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13 filmes de Natal para quem ama um clássico

Que dezembro é possivelmente o mês mais especial do ano é um fato. Chegamos na temporada de festas de fim de ano, que para muitos é a época favorita, em especial o Natal. Nesse período muitos familiares se encontram, amigos trocam presentes e votos de felicidade e esperanças. Há quem não goste do Natal, infelizmente, mas ainda assim defendo que é a melhor época do ano. A prova disso são os filmes de Natal. Todos os anos, vários filmes natalinos são lançados, seja no cinema ou em plataformas de streaming; conteúdo para ser consumido nunca falta.

Graças ao irmãos Lumière, Auguste Marie e Louis Nicholas Lumière, conhecidos pela invenção do cinematógrafo, tivemos em 1898 o primeiro filme sobre o Natal - com pouco mais de 1 minuto. Produzido pelos irmão franceses e dirigido por George Albert Smith, o curta se chama Santa Claus (que significa Papai Noel), e nele temos o bom velhinho entregando presentes para crianças. A obra é um clássico fundamental para o cinema e foi responsável pelo início de uma tradição envolvendo filmes que abordam a data. Nesse clima, produzimos uma lista muito especial de filmes clássicos que envolvem o Natal, seja no tema ou plano de fundo. 

A loja da esquina, dir.: Ernst Lubitsch (1940)

Nesta comédia romântica protagonizada por James Stewart e Margaret Sullavan, conhecemos Alfred Kralik (Stewart), vendedor há muitos anos em uma loja chamada Matuschek, que troca correspondências anônimas com uma moça que ele nunca viu, mas por quem está apaixonado. Somos apresentados também a Klara Novak (Sullavan), uma jovem muito inteligente e espirituosa que começa a trabalhar na mesma loja que Kralik. Porém, o relacionamento dos dois não é dos melhores, eles vivem discutindo. Mas o romance está no pequeno segredo envolvendo as cartas: a mulher com que Kralik está se correspondendo é Klara e nenhum dos dois desconfia disso. Em um clima natalino, acompanhamos como o casal vai lidar com essa descoberta. A loja da esquina é um filme divertido e um pouco melancólico, mas muito encantador. Um clássico natalino. 

Lembra-se daquela noite, dir.: Mitchell Leisen (1940)

Lembra-se daquela noite?, obra estrelada por Barbara Stanwick e Fred MacMurray, conta história de Lee Leander (Stanwick), uma moça que é presa após roubar uma joia de uma loja e tentar vendê-la na véspera de Natal. Lee vai parar em um tribunal, mas seu julgamento é adiado para após o Natal pelo promotor John Sargent (MacMurray), que acredita que o espirito natalino fará o júri perdoar a moça pelo crime. Mas após ficar com dó por deixar Lee passar o feriado presa, ele paga a fiança para que ela seja solta. Porém, a ladra não tem onde dormir e vai parar na casa de John. Ele, então, acaba levando-a para passar o feriado em Indiana, onde coincidentemente ambos nasceram. A moça não é bem recebida pela mãe e acaba comemorando o Natal com a amorosa família do advogado, que a faz ficar maravilhada com o carinho que recebe, o que desenvolve nela um afeto ainda maior por John. Uma comédia romântica muito especial que transborda a importância de sermos acolhidos, seja como for.  

Indiscrição, dir.: Peter Godfrey (1945) 

Mais um clássico natalino protagonizado por Barbara Stanwick, que a essa altura podemos classificar como rainha dos filmes de Natal. Nessa comédia, Barbara dá vida a Elizabeth Lane, uma nova-iorquina que escreve uma coluna de culinária para uma grande revista. Os artigos de Lane retratam a vida que ela não vive, de uma dona de casa que mora em uma fazenda com o marido e seu bebê. Os textos são muito populares e queridos pelo público, e acabam conquistando o carinho de Jefferson Jones (Denis Morgan), um herói de guerra que lê todas as colunas de Lane e se encontra internado no hospital. Sua enfermeira o ajuda, e escreve para o editor-chefe pedindo para que o paciente possa passar o Natal na fazenda da escritora. Sem saber da mentira, o editor obriga Lane a aceitar Jefferson em sua "fazenda". A mulher se vê metida em uma farsa que põe em risco sua carreira e a faz descobrir o amor à primeira vista. Indiscrição é um clássico que vale a pena ser visto, em especial por ser tão divertido. 

A felicidade não se compra, dir.: Frank Capra (1946) 

Indiscutivelmente A felicidade não se compra é um clássico de Natal. Tão clássico que sempre é citado em diversas listas de melhores filmes natalinos já produzidos. A obra conta a história de George Bailey (James Stewart), que desde a infância é um exemplo de empatia e bondade. George ajuda a todos que precisam dele, abrindo mão, inclusive, da sua própria felicidade. Ele começa a passar por dificuldades financeiras que acabam tornando sua vida infeliz e, em um momento de puro desespero, George decide se suicidar na noite de Natal. Para evitar que essa tragédia aconteça, o anjo Clarence (Henry Travers) é enviado do céu para fazê-lo mudar de ideia. Com mensagens lindas sobre esperança, amor e empatia o filme também deixa claro como uma vida pode mudar várias outras. De todos dessa lista, esse é o meu favorito (o próprio James Stewart admite ser o seu também), e vale a pena ser visto sempre de tão lindo que é - a cena final é disparada uma das mais sensíveis e belas do cinema.   

De ilusão também se vive, dir.: George Seaton (1947) 

Também conhecido como Milagre na Rua 34, conta uma história que aparenta ser simples, mas cheia de bom humor e reflexões. Todos os anos no dia de Ação de Graças a enorme loja de departamento Macy's produz um fantástico desfile natalino pelas ruas de Nova York. Tudo parece estar se encaminhando bem, exceto pelo fato de que o Papai Noel está completamente bêbado, indignado com a situação. Kris Kringle (Edmund Gwenn), um senhor de barba branca e aparência carismática, avisa a Doris Walker (Maureen O'Hara), organizadora do evento, sobre a situação e se dispõe a ficar no lugar do homem embriagado. Kringle acaba conquistando todos no desfile e se torna efetivamente o Papai Noel da loja. Apesar de o senhor ter o carinho de muitos, ele começa a ser tido como louco após afirmar que é o verdadeiro Papai Noel, e todos passam a se questionar se ele não é o "bom velhinho" de verdade. Um filme gracioso sobre o melhor do espirito natalino e com uma figura tão importante para o Natal como um grande personagem. Edmund Gwenn levou um Oscar por seu trabalho nesse longa, e vale citar as lindas cenas em que ele contracena com Natalie Wood ainda criança, mas cheia de carisma e talento. 

Scrooge, dir.: Brian Desmond Hurst (1951) 

Uma das obras literárias mais adaptadas para o cinema, teatro ou televisão certamente é Um Conto de Natal, de Charles Dickens, um clássico natalino que ganhou diversas adaptações, mas uma das mais fieis e que vale a menção é Scrooge. A história tem como protagonista Ebenezer Scrooge (Alastair Sim), um senhor avarento e mal-humorado que odeia o Natal. Ele se recusa a ajudar pessoas pobres, a jantar na casa de seu sobrinho e maltrata seu empregado o fazendo trabalhar muito e ganhar pouco. Scrooge não demonstra nenhum ressentimento por suas atitudes infelizes até receber a visita de um fantasma, seu ex-sócio Jacob Marley (Michael Hordern), que lhe avisa sobre os três espíritos (os fantasmas do Natal Passado, Presente e Futuro) que irão visitá-lo a fim de mudar sua personalidade antes que seja tarde demais. Um grande filme para um clássico muito especial.

Natal branco, dir.: Michael Curtiz (1954) 

Se nossa lista estava carente de um musical, aqui temos Natal branco. Um clássico absoluto de Natal que respira esse espírito festivo do início ao fim. Após a Segunda Guerra Mundial, os ex-militares Bob Wallace (Bing Crosby) e Phil Davis (Danny Kaye) se tornam uma dupla de grandes astros da Broadway e percorrem o país com suas performances. Devido ao sucesso que conquistaram, eles recebem uma carta de um ex-companheiro de guerra pedindo-lhes que assista a um show de suas irmãs. A dupla então acata o pedido do amigo e conhece as jovens Betty (Rosemary Clooney) e Judy Haynes (Vera-Ellen). Juntos, os quatros acabam partindo acidentalmente para Velmont, onde irão passar o Natal, mas lá Wallace e Davis encontram um ex-comandante do exército que necessita de ajuda financeira e decidem ajudá-lo. Todas as canções exalam uma felicidade que transparece junto com as lindas cenas cheia de cores. Vale muito a pena assistir. 

Uma história de Natal, dir.: Bob Clark (1983) 

De todos desta lista, esse é disparado o mais engraçado, chegam a ser absurdas as situações que acontecem. Toda a trama é vista pelos olhos de Ralphie (Peter Billingsley), um garotinho muito esperto que deseja a qualquer custo ganhar de Natal uma "Red Ryder de ar comprimido modelo 200 tiros", ou seja, uma espingarda de chumbinho. Mas todos a quem conta seu desejo sempre lhe repetem que o garoto não pode ganhar o presente pois vai furar o olho. Acompanhamos Ralphie e as diversas situações inusitadas em que se mete durante o filme, e é uma delicia de assistir. Sou apaixonada pela figura do protagonista, e acredito que o filme tem esse tom tão divertido por ser pela visão de uma criança. É uma super recomendação para ver com a família, em especial pela cena em que o garoto conhece o Papai Noel no shopping. 

O conto de natal do Mickey, dir.: Burny Mattinson (1983) 

Mais uma adaptação de Um Conto de Natal, e dessa vez em forma de animação. Protagonizada pelo Tio Patinhas, esse personagem tão notável da Disney que teve sua criação inspirada no próprio personagem de Dickens, inclusive seu nome verdadeiro em inglês é Scrooge McDuck. Sendo um personagem ideal para representar o avarento Ebenezer Scrooge, Tio Patinhas dá vida a esse ele em um curta animado. Ele, que precisa ser alguém melhor, recebe a visita de três espíritos natalinos para que possam mudá-lo. É uma animação lindíssima, obra-prima da Disney. Outros personagens famosos têm sua participação, como o Pato Donald, sendo o sobrinho a convidar o tio para a ceia de Natal, e Mickey, o funcionário pobre do velho ambicioso. Sempre muito lembrada em listas natalinas e na memória do público, pode-se dizer que é uma das melhores adaptações da obra de Dickens. 

Gremlins, dir.: Joe Dante (1984) 

Além de um obra-prima do terror, Gremlins é um ótimo filme para se assistir no Natal. Um inventor está à procura de um presente para seu filho e acaba encontrando uma loja de artigos chineses um bichinho peludo chamado mogwai. Ao presentear seu filho, Billy (Zach Galligan), com a criaturinha, os dois o apelidam de Gizmo. Mas para que possam criá-lo em segurança é preciso seguir algumas regras que envolvem: evitar luz forte, não molhá-lo e nunca alimentá-lo depois da meia-noite. Após cometer o erro de molhá-lo, novas criaturinhas nascem, uma nova ninhada de gizmos, mas não apresentam perigo até que Billy os alimenta sem querer durante a madrugada e os adoráveis bichinhos se transformam em gremlins, seres endiabrados que destroem tudo por onde passam, tornando a noite de Natal da cidade num terror. 

Os fantasmas contra-atacam, dir.: Richard Donner (1988) 

Comédia protagonizada por Bill Murray, que interpreta Frank Cross, um grande executivo da televisão que é desprezível e cruel e trata todos os seus funcionários mal. Perto do Natal, ele faz questão de que a sua equipe produza um especial natalino ao vivo fazendo com que todos trabalhem nesse dia. Se você sentiu uma semelhança com o Scrooge, sim, Os fantasmas contra-atacam é baseado na obra, mas em um tom de sátira e trazido para os dias atuais (na época, os anos 1980). Frank também recebe a visita de três fantasmas para que assim ele possa mudar. É um filme divertido e com boas mensagens, em especial o discurso no final que vale por toda a obra.  

Duro de matar, dir.: John McTiernan (1988) 

Sem dúvidas nosso penúltimo filme da lista é uma das melhores obras de ação já produzidas. Mas quem imaginaria que Duro de Matar se tornaria um filme natalino também? Nem mesmo o diretor imaginava isso, mas a verdade é que o filme protagonizado por Bruce Willis é o filme favorito de Natal de muita gente. Na trama, o policial nova-iorquino John McClane (Willis) decide visitar sua esposa em Los Angeles. Ele acaba participando de uma confraternizando de Natal na sede da empresa onde ela trabalha. Apesar de tudo se encaminhar bem, inesperadamente o local é invadido por um grupo terrorista, e McClane é único que pode salvá-los. Enfim, conflitos na medida certa com clima natalino. 

Esqueceram de mim, dir.: Chris Columbus (1990) 

Esqueceram de mim é simplesmente um dos mais clássicos filmes de Natal já feitos. Lançado em 1990, é até hoje celebrado e sempre lembrado pelo público com muito carinho. Alavancou a carreira mirim de Macaulay Culkin, que nesse longa interpretou Kevin, um garotinho de 8 anos que tem uma família muito numerosa. Todos planejam viajar no Natal para Paris mas, na noite anterior à viagem, Kevin acaba sendo castigado e dorme no sótão. Quando acorda na manhã seguinte, não encontra mais sua família. Ele acredita que todos sumiram após ele ter desejado por isso, mas na verdade ele foi esquecido acidentalmente em casa. Tendo que se virar sozinho e cuidar da casa, o menino também descobre que dois ladrões pretendem roubar o local e ele precisa se proteger e evitar que o crime aconteça. O filme foi um sucesso de bilheteria e crítica, recebendo indicações ao Oscar por sua trilha sonora e pela canção "Somewhere in My Memory", composta por John Williams. Dois anos mais tarde, o filme ganhou uma sequência estrelada pelo mesmo elenco, que deixou a obra ainda mais nostálgica e leve. É um filme obrigatório de se assistir todos os anos, mesmo que se saiba todas as falas. 

Maria Fontenele
Piauiense, nascida em 2000, se arrisca a escrever desde pequena. Apaixonada por reprises de filmes antigos, sonha em viver num musical dos anos 60, mesmo sem saber cantar. Chora ouvindo Scorpions, e tem uma lista tão grande de livros que jura que vai ler tudo antes de morrer.

Comentários

  1. Melhor lista de filmes. Ótima para quem quer entrar no clima natalino!

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  2. Duro de Matar, melhor clássico natalino, já dizia o Choque de Cultura! 🎄

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  3. Que lista magnífica! Amo filmes natalinos, estou com muita vontade de assistir a esses mais antigos! ♥
    Um beijo e feliz natal ♥

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