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Superstição e medo coletivo em A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça

Em 1820, o estadunidense Washington Irving (1783-1859), conhecido como escritor, historiador e biógrafo aclamado por suas obras históricas, além de pelo seu trabalho como ensaísta e diplomata, publicava o que viria a ser considerada uma das primeiras histórias de fantasmas da literatura dos Estados Unidos: A lenda do Cavaleiro sem Cabeça

Quando a assombração vem a galope 

Um fantasma sem cabeça cavalga à procura de vingança terrena enquanto assombra uma pacata cidadezinha. Mesmo nunca tendo lido a lenda original, é provável que todos já tiveram certo contato com essa narrativa tão familiar não apenas ao folclore europeu — na Irlanda, por exemplo, o cavaleiro é conhecido por Dullahan —, como também ao imaginário folclórico brasileiro. 

Tanto pela associação com o maldoso personagem Jack-o'-lantern e o costume de esculpir abóboras para fazer luminárias, quanto pela explícita essência assombrada e popular da lenda, a imagem do Cavaleiro sem Cabeça é ressuscitada em todo Halloween, seja como fantasia ou uma história para se contar em volta da fogueira.

De fato, o cavaleiro sem cabeça é uma figura mitológica que está presente em diversas culturas desde a Idade Média. Da mesma forma, aparições sem cabeça e/ou que buscam por algum membro desaparecido também fazem parte das crenças ocidentais e orientais, principalmente da cristã, na qual existem os cefalóforos (do grego, portador da cabeça), santos mártires representados nas artes sacras segurando a própria cabeça devido à morte por decapitação.

Jesus e Felix, Regula, Exuperantius, de Zürcher Veilchenmeister (1506)
Numa perspectiva brasileira, destaca-se a lenda da mula sem cabeça, sendo esta uma mulher que, após ser amaldiçoada por romper com tradições sociais e morais da época, metamorfoseia-se em um animal ausente de extremidade superior e, lançando fogo pelo pescoço, destrói o que passar por seu caminho. Em meio aos relatos de visagens de bandeirantes falecidos que ainda continuam a galgar seus quadrúpedes pelos territórios brasileiros, há quem diga que o próprio Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira, tendo sua cabeça roubada em vida, em morte aterroriza determinadas cidades de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, montado a cavalo em busca de seu crânio extraviado.

Ainda que sua aparição inicial tenha acontecido no século XIX, há 202 anos, o cavaleiro desmembrado de Irving culminou em um impacto cultural e continua ecoando e sendo ressignificado nas mídias artísticas, seja no cinema, teatro e na literatura. Dentre as variadas versões inspiradas no conto, evidenciam-se o filme mudo The headless horseman (1922), a animação da Disney As aventuras de Ichabod e Sr. Sapo (1949), a adaptação cinematográfica de 1999, dirigida por Tim Burton — que alterou o tom e muitas partes do original, mas ganhou o Oscar de Melhor Direção de Arte —, e a série A lenda de Sleepy Hollow (2013). Em 2022, há rumores de que a narrativa ganhará um novo filme, dirigido pela cineasta Lindsey Beer.

As aventuras de Ichabod e Sr. Sapo (1949)

A edição brasileira mais recente da lenda, juntamente com mais três contos, foi publicada em 2020 por meio de uma campanha de financiamento coletivo elaborada pela Editora Wish. A edição conta com um projeto gráfico digno de colecionadores contemporâneos de obras clássicas da literatura estadunidense, com direito a ilustrações originais e tradução atualizada de Camila Fernandes. Essa versão procura trazer um olhar sensível e crítico para a obra de Washington Irving através dos textos de apoio. Assim sendo, no prefácio, escrito por Oscar Nestarez, reforça-se a importância do trabalho do autor na mesma medida em que, na introdução de Jim Anotsu, abre-se espaço para discussões cruciais, como as questões raciais da época e as insensibilidades de cunho racista injetadas por Irving em suas obras. 

Ilustração de Caroline Murta para A lenda do cavaleiro sem cabeça

Nossas doces lendas e amargas histerias

As lendas estão presentes na realidade cultural de todas as sociedades e contribuem para a formação identitária dos indivíduos. Mesclando realidade e ficção, essas narrativas são inicialmente propagadas oralmente de geração a geração, fixando-se de modo permanente no inconsciente coletivo.

A catalogação de casos em que lendas e superstições levaram a um quadro de histeria coletiva ou, no francês, à folie à plusieurs ("loucura de muitos"), é um acontecimento antigo. A epidemia de dança de Estrasburgo em 1518, a própria caça às bruxas de Salem nos EUA e o pânico satânico da década de 1980 são acontecimentos que se iniciaram como boatos e atingiram proporções delirantes e gigantescas a ponto de causarem consequências terríveis, como a morte de inocentes.

Porém não é preciso nos teletransportarmos para os séculos passados para encontrar tais eventos. Uma prova mais atual disso é o fenômeno Charlie Charlie Challenge, que surgiu como uma corrente online em 2015, e se espalhou por diversas escolas brasileiras, para no fim ser desmascarado como apenas uma publicidade cinematográfica que foi longe demais. Outros, como as personagens Slender Man e Chupa-Cabra, além das conhecidas fake news, também são exemplos que contribuíram para a massificação da histeria coletiva. 

Partindo dessa realidade, mais do que apenas uma história de fantasmas, é possível analisar na ficção de Irving como a superstição local pode gerar um medo coletivo, transformando um boato em uma assombração ampliada que galopa a trotadas furiosas pela mente dos que nela acreditam. 

Washington Irving, o criador de histórias

Antes de encarar a criatura, se faz necessário compreender seu criador e, principalmente, o contexto no qual ele se encontrava ao pincelar tamanho assombro. Vale salientar que Washington Irving nasceu em Nova York no dia 3 abril de 1873, exatos cinco meses antes da Guerra da Independência acabar, e recebeu seu nome em homenagem a George Washington, de quem posteriormente escreveria uma biografia.

Washington Irving

Após o período da guerra, os EUA, então livres da Inglaterra, passavam pelo comum processo de construir uma essência nacional, independente e mais característica do dito Novo Mundo. O anseio era o de delinear uma identidade cultural e povoar o imaginário local com folclore, literatura e crenças próprios e não mais apenas europeus. 

Foi nesse exato plano de fundo fervilhante que Irving se estabeleceu como o profissional multifacetado que era.  Entre 1819 e 1820, publicou, de forma seriada, a coleção de ensaios e contos intitulada The Sketch Book of Geoffrey Crayon, Gent. e, desta maneira, alcançou fama internacional. De fato, seus trabalhos literários mais famosos, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (no original, The Legend of Sleepy Hollow) e Rip Van Winkle, vieram ao mundo através dessa mesma coletânea, que mistura ficção a um tom verossímil para criar histórias que facilmente se passariam por boatos interioranos.

Hoje, Irving é reconhecido oficialmente como o primeiro escritor dos EUA — visto que alcançou a proeza de se sustentar totalmente da escrita — e como um dos mais renomados historiadores de seu tempo. Afinal, ele contribuiu para registrar e moldar a história do país ao escrever de forma patriótica e estabelecer definitivamente o cenário de suas narrativas nas terras estadunidenses. Aliás, foi ele quem popularizou “Gotham” como o apelido de Nova York e contribuiu para a ressignificação do feriado de Natal no país.

Ademais, lutou por leis mais rígidas quanto à violação de direitos autorais, defendendo a escrita como uma profissão legítima. Mesmo sendo criticado em parte, encorajou pessoalmente autores conterrâneos, como Edgar Allan Poe (que o considerava superestimado), Nathaniel Hawthorne, Herman Melville e Henry Wadsworth Longfellow, e influenciou os europeus, dentre muitos, Lord Byron e Charles Dickens.

Inspirado por uma estadia na Europa, pelo seu amigo e também escritor Sir Walter Scott e pelo folclore germânico, Irving costurou a ficção histórica à fantasia gótica e sombria para criar uma lenda que englobasse o lado cômico, ambicioso, tradicional e misterioso atribuído aos estadunidenses. Deste feito, o Cavaleiro sem Cabeça foi concebido e permanece sendo um símbolo incontestável dos EUA, popularizado principalmente nas festividades de Halloween.

Aqui jaz a lenda

“Encontrado entre os documentos do falecido Diedrich Knickerbocker”, são essas as linhas que iniciam a lenda. O historiador Knickerbocker, personagem-narrador criado por Irving que aparece em outras de suas obras, afirma ter ouvido o tal relato de um sujeito durante uma reunião. Portanto, desde o começo o autor reforça o caráter crível da história que o leitor está prestes a encarar, construindo a ideia de que se trata de um caso fiel e legítimo, passado de boca a boca, como todas as boas e velhas lendas.

As primeiras páginas do conto são concentradas em apresentar o plano de fundo no qual a narrativa se desenrola. Sleepy Hollow ("vale adormecido ou sonolento", em tradução livre), é construído como um local de tranquilidade apática e peculiar, envolto em mistérios, permeado por uma atmosfera sonífera, cujos habitantes, descendentes dos colonos holandeses originais, possuem raízes fincadas nas crendices. 

“O lugar permanece sob o poder de alguma espécie de encantamento, que mantém domínio sobre a mente daquela boa gente, fazendo com que andem num devaneio contínuo. São propensos a todo tipo de crenças maravilhosas, sujeitos a transes e miragens, têm estranhos vislumbres e ouvem música e vozes no ar. Toda a vizinhança é repleta de histórias locais, lugares assombrados e superstições obscuras [...]”

Ou seja, Sleepy Hollow é um cenário propício para uma história de fantasmas e um caldeirão borbulhante de medo prestes a derramar por conta de qualquer superstição. Lá “as maneiras e os costumes permanecem fixos, enquanto a grande torrente de migração e progresso, que tem feito mudanças incessantes em outras partes deste país inquieto, passa despercebida”.

Os moradores de Sleepy Hollow, de Arthur Rackham (1994)

E a vila realmente existe: localizada em Nova York, no condado de Westchester, anteriormente era conhecida como North Tarrytown, porém, em 1996, os moradores realizaram uma votação para que Sleepy Hollow se tornasse o nome oficial do lugar em homenagem ao conto. Inclusive, Irving viveu no local por um período, se inspirou nos costumes e histórias da região, sua antiga moradia atualmente é um museu-casa e é no cemitério de Sleepy Hollow que descansam os restos mortais do autor. 

“Nesse local ermo da natureza residia [...] uma digna figura com o nome de Ichabod Crane, que passava uma temporada, ou como ele expressou, 'demorava-se' em Sleepy Hollow, com o objetivo de instruir as crianças da vizinhança.”

Em meio a essa paisagem, conhecemos o desengonçado e guloso Ichabod Crane, cujo sobrenome significa "ave de pernas e pescoço longos", sendo essa a própria descrição da personagem: alto, muito magro, de membros compridos e frouxos, com cabeça, olhos e nariz grandes. Mestre-escola, culto e amante das histórias de terror, Crane simboliza a junção entre o Velho e o Novo Mundo, visto que busca trazer o progresso por meio do ensino, mas, por trás da imagem de intelectual, esconde seu prazer pelas coisas terrenas, além de sua aparência fugir do ideal de masculinidade da época. Talvez por isso ele seja o infeliz escolhido para ficar frente a frente com o Cavaleiro sem Cabeça. 

Vila temática de Sleepy Hollow

“O principal espírito, contudo, que assombra essa região encantada, e parece ser o comandante em chefe de todos poderes do ar, é a aparição de uma figura a cavalo, sem cabeça. Dizem alguns que é o fantasma de um soldado hessiano, cuja cabeça foi levada por uma bala de canhão, em alguma batalha anônima durante a Guerra da Independência, e o povo do campo o vê sempre e amiúde, percorrendo as trevas da noite como se nas asas do vento.”

Na cultura tibetana, acredita-se que é possível materializar criaturas através do pensamento humano, desde que o criador tenha vontade suficiente e crença fervorosa. Tal manifestação é conhecida como tulpa. O próprio Cavaleiro sem Cabeça — seguindo a mesma lógica dos conhecidos e já citados Slender Man e Chupa-Cabra — pode ser considerado uma tulpa, afinal, a figura está tão incrustada no inconsciente dos moradores a ponto de a crença e o medo contagiantes serem os elementos que o invocam e o tornam uma entidade real e portadora de vida própria.

A verdade é que a atmosfera de Sleepy Hollow é inconscientemente absorvida pelos não-nativos que ali se demoram, até mesmo pelos “homens de letras”, pois, “por mais despertos que possam estar antes de entrar nessa região sonolenta, logo passam a inalar a influência feiticeira do ar e começam a ficar imaginativos, ter sonhos e ver aparições”. Esta atmosfera local encaixa-se no conceito de sugestionabilidade, isto é, estado psicológico em que determinada indivíduo possui pré-disposição para ser influenciado por alguma ideia advinda de outra pessoa. 

Em vista disso, Ichabod, ao mesmo tempo em que se deleita ouvindo as narrativas de horror contadas pelas senhoras e acredita fervorosamente em livros como História da Bruxaria na Nova Inglaterra, também é sugestionado a sentir um terror absurdo ao voltar para casa à noite, imaginando que a qualquer momento pode se encontrar com o Hessiano Galopante. Nessas horas passa até a cantar salmos para se acalmar e afastar os maus espíritos. Logo, o mestre-escola permite que as superstições e o medo coletivo dispersado pelo comportamento de grupo dos moradores de Sleepy Hollow dominem seus pensamentos. 

“E ele teria vivido uma vida agradável assim, apesar do Diabo e de todas as suas obras, se seu caminho não tivesse sido cruzado por um ser que causa mais perplexidade ao homem mortal do que fantasmas, espíritos e toda a ração das bruxas juntos: uma mulher.”

A linha do destino de Ichabod tremula quando ele conhece Katrina Van Tassel, filha única de um importante fazendeiro holandês da região. Diante da oportunidade de desposar tal beldade e ainda se ver dono de uma propriedade recheada de alimentos suculentos, o professor decide iniciar o cortejo. O que ele não contava era que Katrina já possuí um pretendente à altura: o musculoso Brom Bones, considerado o herói e valentão da região. A relação entre Ichabod e as mulheres da narrativa, principalmente Katrina, esboça a visão sexista da personagem, que compara o gênero oposto com seres fantásticos e mais sugestionáveis.

Ichabod Crane e Katrina Van Tassel, de Arthur Rackham (1994)

Após serem convidados para um banquete na fazenda dos Van Tassel, Crane e Bones se encontram dividindo o mesmo espaço e o desejo pela moça. Como em toda noite de celebração e fartura envolvendo um grupo de pessoas, histórias de fantasmas são partilhadas, até que o espectro favorito de Sleepy Hollow toma o assento principal na conversa. Brom Bones aproveita para se vangloriar, afirmando que ele próprio, junto de seu corcel Daredevil, já se encontrou com o ser galopante, e que foi vencedor de uma corrida apostada entre os dois. Depois de ouvir tantas lendas sinistras e ficar para trás para conversar com Katrina e assim investir em seu plano de conquista, Ichabod se vê obrigado a voltar para casa precisamente na hora das bruxas e apenas na companhia de seu cavalo Gunpowder.

“Na verdade, alguns dos historiadores mais autênticos da região, que tiveram o cuidado de conferir os fatos flutuantes desse espectro, alegam que, estando o corpo do soldado enterrado no cemitério da igreja, o fantasma cavalga até o local da batalha numa busca noturna por sua cabeça, e a velocidade impetuosa com que às vezes passa pelo vale, como uma ventania à meia-noite, se deve ao fato de estar atrasado e ter pressa de voltar ao cemitério antes do amanhecer.”

Nesse momento, com as histórias de fantasmas que ouvira impregnadas na mente, Ichabod encontra-se apavorado ao passar pela ponte considerada assombrada e escutar sons desconhecidos. Crane depara-se com uma forma enorme e deformada, que logo associa a um cavaleiro de grandes dimensões, montado num forte cavalo preto. O professor procura  mostrar certa coragem tentando estabelecer um diálogo com o indivíduo, mas, para seu horror, percebe que a cabeça do ser, não repousada no pescoço, é carregada embaixo do braço. Forçado a fugir para preservar sua vida, o mestre-escola, montado em seu corcel também em pânico, é perseguido pelo Cavaleiro por florestas e estradas, até que este arremessa o que pensamos ser a própria cabeça em direção a Crane,  que termina sendo lançado ao chão. A aparição da entidade que dá nome à lenda é limitada, ocorrendo apenas nessa cena, o que demonstra ainda mais como a existência desse espectro é ampliada em todo conto, seja para criar um clímax como para definir o tom exagerado da narrativa.

The Headless Horseman pursuing Ichabod Crane, de John Quidor (1858)

Na manhã seguinte, nenhum vestígio do corpo de Ichabod Crane é encontrado, apenas seu cavalo. Após uma busca, rastros de cascos, um chapéu e uma abóbora despedaçada são achados no cemitério em que dizem estar os restos mortais do soldado hessiano. Enquanto o vale infere que o pobre professor foi levado pelo Cavaleiro sem Cabeça e até que o fantasma de Crane agora assombra a escola abandonada — o que faz com que a lenda ganhe mais força —, Brom Bones casa-se com Katrina Van Tassel. Após um tempo, um velho fazendeiro garante ter encontrado com Ichabod e que este tornara-se juiz e afirmou ter fugido do vale tanto por medo do espírito galopante quanto pela iminente rejeição de Katrina. No pós-escrito de Diedrich Knickerbocker, o narrador da lenda diz que “quanto a esse assunto, eu mesmo não acredito nem na metade”.

A ambiguidade deixada ao final da lenda dá vazão à conjectura de que Sleepy Hollow é um lugarejo paralisado por esse medo que se propaga pelo ar, constituindo-se como um ambiente preso no entrelugar do sonho e do pesadelo, da consciência e do entorpecimento. Temos, então, duas hipóteses: Ichabod Crane realmente teve uma experiência com o desconhecido e fugiu, abalado pelo medo, ou Brom Bones aproveitou-se da superstição e do medo coletivo para pregar uma peça no professor e então conseguir retirá-lo de seu caminho. Seja qual for a interpretação, é certo que o medo foi um agente de transformação amplificado pela crença dos moradores, o que demonstra que superstições permanecerão existindo enquanto houver pessoas para crer nelas e continuar criando-as e repassando-as.

Para o professor especialista em estudos góticos, Franz Potter, o Cavaleiro sem Cabeça, se visto como uma entidade sobrenatural, representa o passado que nunca morre, mas sempre está ali para assombrar os vivos. Entretanto, se interpretado como um boato metafórico, a assombração reflete o choque entre a realidade e a fantasia/ficção, e exprime como o medo, quando não visto por um olhar crítico e consciente, pode ser utilizado como um instrumento de manipulação e poder. Por meio de Ichabod Crane, percebemos que é preciso encarar nossos fantasmas galopantes, principalmente se estes residem dentro de nós mesmos, em especial em nossas mentes.


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Referências





Arte em destaque: Mia Sodré

Comentários

  1. Que texto incrível! Me deu vontade de ler mais sobre essa festividade

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  2. Surpreendente o folclore

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  3. Me deu vontade de ler a lenda original agora!! Amei muito❤️

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