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Adèle H.: em busca do amor como liberdade


Adèle H. nasceu em 28 de julho de 1830, quinta filha de uma família reconhecida por todo o território francês pelo seu engajamento político, literário e artístico. La pétite Dédé, ou a pequena Dede, como ela mesma assinava as cartas enviadas, cresceu num lar amoroso e estimulante: sua casa foi, ao longo dos anos, um ponto de encontro dos mais altos intelectuais da França. Criada no conforto, com serventes e com o que a riqueza do século XIX poderia lhe proporcionar, Adèle escrevia, compunha e tinha uma habilidade literária e musical superior. Seus cabelos negros e sua beleza também faziam dela uma mulher única e cobiçada.

Exílio, fuga e retorno


Aos 13 anos, Adèle sofreu sua primeira grande perda. Sua irmã mais velha, Léopoldine, morreu tragicamente. Adèle e Léopoldine eram as duas filhas queridas da família. Seu pai escreveu muitos poemas às suas petites filles. Os outros três irmãos, por mais queridos que fossem, não dividiram a aura angelical e inocente que as irmãs meninas tinham sob os olhos paternos. Léopoldine, aos 19 anos e recém-casada, teve seu barco virado no rio Seine e suas saias, molhadas, lhe puxaram para baixo. Seu marido, Charles Vacquerie, conhecido por ser um exímio nadador, tentou salvá-la, mas na impossibilidade, morreu afogado junto com ela. Essa história romântica e trágica acompanhou Adèle por toda sua vida, sendo constante em seu diário e cartas menções sobre a morte de sua querida irmã Léopoldine.

Léopoldine Hugo

A segunda grande perda de Adèle ocorreu em 1851, quando Luís Napoleão dissolveu o governo, deu um golpe de Estado, instalou um regime autoritário e se autodeclarou Imperador Napoleão III. Nesta ocasião, Adèle sairia da França onde nasceu e cresceu, para voltar só 21 anos depois. Dois de seus irmãos foram presos e seu pai, junto com o restante de sua família, começou um longuíssimo exílio, primeiro dirigindo-se a Bruxelas, depois para as ilhas do Canal da Mancha, território inglês. Foram nestes primeiros anos de exílio que Adèle ficou gravemente doente pela primeira vez. Seus delírios e febres altíssimas levaram os médicos da época a diagnosticá-la com “ataque de nervos”.

Foi entre as ilhas de Jersey e Guernsey, idas e vindas do exílio de sua família, que Adèle, aos 24 anos, conheceu o oficial do exército britânico Albert Pinson. Dentro os vários pretendentes de casamento, inclusive incentivados pelos seus próprios pais, apenas Pinson lhe cativou enormemente e se tornou objeto de sua paixão. Entre os anos de 1854 e 1863, o relacionamento entre Pinson e Adèle foi tão errático e conturbado quanto suas vidas de oficial de exército e moça exilada. Em seu diário, Adèle já indicava seus planos, dizendo que faria coisas inimagináveis para uma moça como ela. E, de fato, foi no ano de 1863 que a moça francesa de cabelos negros fez uma coisa impensável em busca do amor.

Sob o pretexto de visitar uma amiga na Inglaterra conhecida da família, ela embarcou sozinha num navio em direção a Halifax, capital da província de Nova Escócia, no Canadá. Era lá, do outro lado do Atlântico, que Albert Pinson havia sido enviado junto com seu regimento. A família só veio descobrir onde estava Adèle dias depois de sua partida.

Em Halifax, Adèle e Pinson se reencontraram. Depois de sua fuga, por cartas, seus pais finalmente aprovaram o matrimônio de sua filha com Pinson, mas o oficial inglês não respondeu mais aos pedidos de casamento e declarações de amor de Adèle. Por três anos, Adèle e Pinson viveram na mesma cidade e em nenhum momento eles voltaram a se relacionar.

Adèle Hugo

Em Halifax, Adèle se apresentou como Miss Lewly, e ninguém sabia de sua origem. Isolada, sem amigos, sem criados, seus anfitriões diziam que ela passava os dias escrevendo e comendo pouco. Em determinado momento, como forma de pressão, Adèle escreveu à França dizendo que o casamento entre ela e o oficial inglês havia sido consumado e que ela era agora Mrs. Pinson. A notícia foi inclusive publicada nos jornais franceses, mas tudo não passou de mentira e especulação.

Em 1866, Alberto Pinson foi transferido para Barbados, uma ilha caribenha, e Adèle o seguiu. Neste novo lugar, mais uma vez ela escondeu sua verdadeira identidade e se apresentou como Mrs. Pinson. Porém nada mudou. O oficial inglês continuou a evitá-la e um relacionamento entre eles não aconteceu.

Adèle havia sido criada num meio altamente cultural e rico. Após tantos anos sozinha, sem amigos e familiares, em dois países desconhecidos de climas extremamente agressivos, a saúde de Adèle começou a se deteriorar. A falta de cuidados com suas roupas, higiene e cabelos, fazia com que as crianças nas ruas de Barbados tirassem sarro dela. Essa situação perdurou até que uma senhora negra ex-escrava acolheu Adèle e a levou para sua própria casa e cuidados. Mme. Baa investigou as cartas de sua nova protegida e reconheceu um endereço. Ela escreveu para França, entrou em contato com a família de Adèle e fez outra coisa impensável: ela levou Adèle de volta para seu país natal.

Isso se deu apenas em 1872, quando Adèle já tinha 41 anos. Antes disso, em 1869, Albert Pinson foi enviado para Dublin, onde casou-se com a filha de um coronel britânico. Sozinha, Adèle ficou em Barbados por mais três anos até que Mme. Baa a encontrasse.

De volta à França, sua família a colocou numa casa de repouso. Segundo os médicos, ela sofria de esquizofrenia e até hoje, oficialmente, é assumido que ela tinha um quadro de erotomania, a obsessão com o amor não correspondido. Na casa de repouso, Adèle ficou até o fim de sua vida, quando morreu aos 85 anos, em 1915, no meio da turbulência da Primeira Guerra Mundial.

Em busca da verdadeira Adèle


Adèle teria entrado completamente no esquecimento se não fosse aquilo da qual ela mais quis se afastar: o nome de sua família. Quinta filha do grande escritor francês, Victor Hugo, sua origem lhe trouxe todas as benesses da educação e conforto material, mas também o fardo do grande nome Hugo.

Victor Hugo

Muitos anos após sua morte, ela só foi “redescoberta” graças a uma parte de seus manuscritos que não foram perdidos. Quando a família Hugo partiu da França em exílio, para evitar o ócio de seus filhos, Victor Hugo definiu tarefas para cada um deles. A Adèle coube escrever o Diário do Exílio. Neste, ela escrevia em terceira pessoa, contava com a ajuda e interferência dos outros membros da família e registrou com detalhes os diálogos, visitas e a rotina da família exilada e as discussões filosóficas e políticas que ocorriam na casa Hugo. Adèle também escreveu em código seu diário íntimo, que foi encontrado, decodificado e publicado somente décadas depois de sua morte. É nele que conhecemos as aspirações pela sua liberdade, sua face poética e a busca pela sua identidade.

Depois da morte de Victor Hugo, seus diários foram colocados pelos empregados da casa onde o poeta vivia para venda como rascunhos. Um senhor inglês comprou aqueles papeis, acreditando que aquilo poderia ser mais interessante do que aparentemente era. Tempos depois, ele revendeu esses papeis para um banqueiro de Wall Street que colecionava manuscritos raros. Por isso, hoje encontramos parte dos manuscritos de Adèle em Nova York e parte no Museu de Victor Hugo, em Paris.

Mesmo que fragmentadas, as cartas e as partes de seus manuscritos que sobreviveram até os dias de hoje podem dar a Adèle a voz que lhe foi silenciada por tantos anos. Talvez Adèle sofria de fato de alguma doença psiquiátrica e tendência à esquizofrenia, ou talvez a fuga para o outro lado do Atlântico em busca do amor tenha sido um ato corajoso para encontrar a si mesma e sua liberdade. Na primeira entrada de seu diário íntimo, de 1852, ela registra seu conflito interno entre ser quem ela é ou ser a filha de Victor Hugo - dois caminhos irreconciliáveis (trecho em tradução livre do francês feita pela redatora): 

O que poderia dar conta do que acontece comigo há algum tempo? Às vezes tenho aspirações violentas ao grande ideal, a uma morte pura e grandiosa, às vezes a uma vida mitigada de grandeza, onde tenho somente Auguste. Às vezes sonho a vida excitante, ardente, violenta, viva, onde por sua vez Clésinger, Delacroix, < Arnold > passam como amantes, onde me vejo sendo filha de Victor Hugo, sendo jovem, bonita, deslumbrante, elegante, superiormente inteligente, superiormente bela, superiormente sedutora; esmagando com todo meu brilho as minhas rivais passadas, presentes e futuras; sendo letrada < palavra ilegível > pelo meu entorno, minha natureza, meu papel, modificando as ideias, grande musicista; aplicando e fazendo aplicar meus paradoxos; vivendo todas as vidas, da vida do meu amor, da vida do mundo.

Então, então, eu me pergunto por que não < terminar > esta vida de amor e de grandeza tão excepcional neste mundo baixo, onde tudo é vaidade e corrupção? Por que não morrer, uma mulher excepcional, jovem, educada, importante, amorosa, digna filha de Victor Hugo, mulher moribunda digna de um homem excepcional, portanto superior, grandiosa e única pelo espírito como pelo coração. E eu vejo nossos túmulos unidos um ao outro, e eu nos vejo, minha irmã e eu, as duas filhas de Victor Hugo, passando como figuras típicas para a posteridade.

Adèle cresceu numa França revolucionária e romântica. Liberdade, emancipação, independência, tanto do indivíduo quanto dos sistemas de governos, haviam sido temas com os quais ela conviveu diariamente. Como uma moça bem educada e rica do século XIX, sendo apresentada aos novos debates que envolviam o papel da mulher e do feminismo, é esperado que Adèle procurasse para si uma independência e se desvinculasse do protetorado de sua família, que lhe era tão pesado. O fardo vinha desde seu nascimento, pois havia o boato de que o verdadeiro pai de Adèle seria Charles Augustin Sainte-Beuve, uma grande figura da literatura francesa com quem, supostamente a mãe de Adèle teria tido um caso.

Charles Augustin Sainte-Beauve

Depois da morte de sua irmã, a responsabilidade de ser a única filha Hugo também tornou-se mais pesada. Os Hugo esperavam de Adèle a perfeição, e a ela foram indicados vários pretendentes. O preferido de seu pai era Auguste Vacquerie, irmão de Charles Vacquerie, o esposo de sua irmã Léopoldine. Adèle desenvolveu de fato um relacionamento com Charles e talvez um casamento teria sido consumado, mas antes ela conheceu Pinson.

Envolvido em dívidas e conhecido pela vida boêmia, o oficial inglês não tinha o prestígio da família Hugo. Após Adèle negar sucessivos pedidos de casamento e se afastar de Auguste Vacquerie, a pressão por um casamento aumentou. Seu pai lhe diz “C’est le rôle d’une femme” (‘’Este é o papel de uma mulher”), e reforça que ele havia feito de tudo para garantir a ela um generoso dote e seu papel deveria ser “rendre mariable” ("tornar-se casável"), sabendo cuidar da casa e não destruindo sua reputação. Seu irmão, Charles Hugo, reforça em carta seu dever ao casamento: “C’est ta seule façon de te libérer” ("Esta é a única forma de você se libertar").

Talvez tenha sido isso que ela procurou atravessando o Oceano Atlântico atrás de Pinson. Auguste Vacquerie, ela escreveu em seu diário, é o “écho de ma famille”, “mon Bonaparte” ("éco da minha família”, “meu Bonaparte”).  Albert Pinson, o oficial britânico, seria o oposto de sua família e um casamento com ele poderia trazer a liberdade que ela procurava. Mas seus esforços pelo amor de Albert Pinson não foram vistos na época como um ato de busca pelo amor e pela liberdade, mas sim como obsessão e doença. Antes de sua partida, ela escreveu em seu diário:

Essa coisa incrível de ser feita, que uma jovem escrava a ponto de não poder sair sozinha por cinco minutos para comprar papel, ande sobre o mar, vá para o mar, passe do antigo mundo para o novo mundo para se juntar a seu amante, essa coisa eu farei.
Essa coisa incrível de ser feita, que uma jovem filha que não tem outra coisa hoje que não seja o pedaço de pão dado pelo seu pai como esmola, tenha daqui quatro anos ouro em seus dois bolsos, ouro honesto, seu próprio ouro, essa coisa eu farei.

De acordo com as pessoas que conviveram com Adèle em Halifax e Barbados, o que ela mais fazia era escrever. Depois que ela voltou para França, internada na casa de repouso, dentre suas principais atividades também estava a escrita. Estes papéis se perderam no tempo e nunca saberemos o que Adèle colocou neles. Os registros que temos após sua chegada são do diário íntimo do próprio Victor Hugo. 

Apesar do carinho enorme com o qual ele fala de Adèle e seu retorno, o tom paternalista impera. Sua irmã havia morrido quando ela ainda era criança, sua mãe faleceu em 1868, quando Adèle ainda estava em Barbados, e a última mulher que a acolheu e entendeu foi Mme. Baa, que agora retornava para a ilha caribenha. Os médicos, o pai e os irmãos viam Adèle como uma criança doente e inocente, apesar dos seus 41 anos e os nove anos vivendo sozinha em países estrangeiros e conhecidos pelos seus climas excessivos.

Adéle Hugo

Mas Adèle sobreviveu. Sobreviveu ao golpe político de seu país, à viagem de navio, ao clima frio da Nova Escócia e ao clima quente de Barbados, à violência de ser uma estrangeira, à falta de amor correspondido e de compreensão, às acusações de ser louca e obsessiva, à solidão. Adèle sobreviveu até seus 85 anos, viu a morte de seus irmãos e de seu pai, participou das homenagens do centenário de nascimento de Victor Hugo, e sua memória sobreviveu ao tempo, apesar de seus manuscritos não terem sido preservados, e o pouco que sobreviveu, ter sido obra do acaso.

Adèle foi silenciada e, na casa de repouso, afastada de seus familiares. Seu pai registrou em seu diário:


1872
22 de fevereiro - Nós [Victor Hugo e o médico Allix] fomos juntos à St. Mandé. Eu vi minha pobre criança. Ela parece melhor. Temos para ela os maiores cuidados e os mais minuciosos. [...] Eu saí com o coração um pouco aliviado, Adèle pareceu feliz de me ver. Eu a verei tão frequentemente quanto os médicos permitirem. Mas eles são da opinião de não multiplicar as visitas.
8 março - [...] Madame Baa me trouxe as jóias de Adèle. Tudo está quebrado e pilhado. Eu recuperei o anel de minha esposa. Eu dei à Madame Baa em lembrança de Adèle dois braceletes de ouro, um broche, e brincos igualmente em ouro.
16 março - Eu fui à St. Mandé com o doutor E. Allix. Ela está bastante calma e doce; ela me beijou as mãos, e me disse: Eu estou contente. Sua ideia fixa de pessoas invisíveis que falam com ela não a deixa. Eu tinha o meu coração apertado. Pobre doce ser! No entanto desde que ela esteja perto de mim, não tenho mais a terrível angústia que eu tinha. Ao menos estou aqui. Por minha vez, eu beijei suas mãos, e disse a ela: Não tema mais nada, nem ninguém. Você está perto de seu pai e de Deus. Ela me abraçou e disse: Eu estou feliz.
Ela recusava colocar as pantufas novas. Eu disse a ela: minha filha, coloque-as. Ela obedeceu. Eu fiz levarem a ela um piano. Ela tocou um pouco de música e escreveu bastante, mas não quis me mostrar o que ela escreve. Os médicos pedem que minhas visitas sejam raras.
27 maio - Eu vi minha pobre querida doente. Ela estava no jardim, sentada num banco, um papel e um lápis na mão. Ela escrevia. Esta está bastante calma. Ela pareceu contente de me ver. Ela ouve sempre a voz que a persegue e a inquieta. É como se ela estivesse congelada, mas sem tristeza. O médico acha que ela está melhor.
7 agosto 1873 - Eu visitei Adèle ontem. [...] no mesmo estado mental, mas fisicamente melhor, mais cheia e mais bela.
14 junho 1874 - Depois do almoço, fomos à St. Mandé, Jeanne conosco, ver a minha pobre filha. Sempre o mesmo estado. Me recomendaram não fazer visitas muito frequentes.
19 junho 1876 - Minha pobre criança continua no mesmo estado. Ela quer que eu a tire daqui, infelizmente! E nos ver faz mal a ambos.

No prefácio de Adèle, l’autre fille de Victor Hugo, biografia escrita por Henri Gourdin, Adèle Hugo, sobrinha bisneta de nossa Adèle Hugo, diz:

Os Hugo se comportaram, durante três gerações, como se Adèle nunca tivesse existido. Victor Hugo a internou depois de seu retorno de Barbados; François-Victor não falava dela para ninguém; Charles escondeu sua existência da esposa. Meu avô Charles e minha tia-avó Jeanne iam de vez enquanto vê-la após a morte de Victor Hugo, mas eles diziam nada. Em 1902, Georges levou seus filhos, meu pai Jean e minha tia Marguerite, a uma cerimônia em ocasião das manifestações do Centenário [de nascimento de Victor Hugo]. Adèle estava lá, escondida num camarim, mas as crianças não foram informadas. Eles só foram autorizados a encontrar sua tia-avó em 1915; foi em Paris, na Igreja Saint-Sulpice, e ela estava em seu caixão.

 

Apesar de tudo isso, em 1975, Adèle tornou-se conhecida pelo grande público graças ao filme L’Histoire d’Adèle H. (A História de Adèle H.), do diretor francês François Truffaut. Com Isabelle Adjani no papel principal, o filme conta a história da chegada de Adèle em Halifax até seu retorno à França. Vencedor de muitos prêmios, entre eles o Grand Prix do cinema francês de 1975, e a indicação de Adjani para o Oscar de Melhor Atriz, o filme mostra os conflitos internos e nos apresenta, sob a narração de Isabelle, a sonoridade e poesia dos diários e cartas de Adèle. É um filme belíssimo que deixa nas entrelinhas que, apesar da história oficial definir Adèle como esquizofrênica, sua loucura talvez tenha vindo também do peso de ser uma mulher do século XIX, que desejava viver a vida como ela mesma e não como “a filha de Victor Hugo” e que, para isso, buscou sua liberdade no amor.

Referências



Arte em destaque: Mia Sodré

Giovana Faviano
Historiadora de formação. Interessada em tudo que envolve subjetividade e criatividade humana. Ama ler, escrever e cozinhar. Se não está fazendo uma destas três coisas, então está tomando um cafézinho.

Comentários

  1. Que texto incrível, adorei conhecer a Adèle. Percebe-se que ela foi alguém de notável força criativa... uma pena que não tenhamos todos os seus escritos. Imagino quanta coisa ela tirou de dentro de si e colocou no papel.

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