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5 animações encantadoras que concorreram ao Oscar de Melhor Animação

As animações têm feito parte do cinema e da televisão há tanto tempo que é simplesmente quase impossível pensar em um momento em que elas não existiram. Seja em 2D ou 3D, os filmes animados encantam desde sempre não só crianças, mas também adultos pelo mundo todo. 

A categoria de Melhor Animação sempre foi uma das mais aguardadas na premiação do Oscar, porém só em 2002 ela passou a fazer oficialmente parte da premiação. Antes disso apenas alguns filmes, como Branca de Neve e os Sete Anões (1938), Uma Cilada Para Roger Rabbit (1989) e Toy Story (1996) chegaram a receber prêmios honorários. 

Pensando nisso, e para aproveitar o clima do Oscar que logo, logo está chegando, vamos relembrar algumas animações maravilhosas que chegaram a ser indicadas na categoria. 

Spirit – O Corcel Indomável (2002) 

Narrado em primeira pessoa, por Matt Damon (na versão original em inglês), Spirit – O Corcel Indomável se passa no final do século XVII em pleno oeste estadunidense e conta a história de um cavalo mustangue selvagem que é capturado. Mesmo estando preso, o garanhão se recusa completamente a deixar que qualquer homem o monte e, por consequência, o domestique.  

Considerado por alguns como uma das animações com melhor representatividade indígena, Spirit cativa também por fazer uma grande comparação crítica sobre como os soldados dos Estados Unidos tratavam os nativos do mesmo modo que a cavalos.  Isso somado a uma trilha sonora com toda a parte instrumental composta por Hans Zimmer junto de canções escritas e cantadas em inglês por Bryan Adams fazem dele um excelente filme. 

Uma curiosidade sobre o filme é que suas músicas acabaram sendo traduzidas para diversos países. (Já que as canções acabam sendo uma extensão dos pensamentos e sentimentos de Spirit.) A Dreamworks se preocupou em encontrar cantores com o timbre parecido ao de Adams. Na Itália, as músicas foram cantadas por Zucchero Fornaciari, e Paulo Ricardo aqui no Brasil, onde fazem sucesso até hoje.  

O Planeta do Tesouro (2002) 

Baseado no livro A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, esse longa nos dá uma nova versão que mistura elementos futuristas e antigos da clássica história.  

Jim Hawkins é um adolescente que vive com sua mãe, dona de uma pequena estalagem, e tem o péssimo costume de viver se colocando em encrenca. Porventura, ele acaba encontrando um inestimável mapa do tesouro do Capitão Flint, que vem sido procurado por diversos piratas há muito tempo. Ele então se junta à tripulação de uma nave para ir em busca do tão almejado tesouro.  

Com um elenco de dubladores conhecidos, como Joseph Gordon-Levitt, Emma Thompson, Martin Short e Laurie Metcalf, e dirigido pela dupla Ron Clements & John Musker, conhecida por também dirigir Aladdin (1992), Hercules (1997), O Grande Ratinho Detetive (1986) e A Princesa e o Sapo (2009), o longa foi a aposta da Disney para concorrer ao Oscar na inédita categoria de Melhor Animação, porém, assim como o filme citado acima, ambos acabaram perdendo para o também belíssimo A Viagem de Chihiro, de Hayao Miyazaki

As Bicicletas de Belleville (2003) 

Produzido em conjunto pelo Reino Unido, a Bélgica, o Canadá, a Letônia e a França, As Bicicletas de Belleville retrata a história de Champion, um menino recluso que vive com a avó e um cachorro chamado Bruno, e encontra a felicidade quando a avó lhe presenteia com uma bicicleta. Percebendo toda a paixão do menino pelo ciclismo, ela o incentiva a participar da Volta da França, uma grande competição de ciclismo. Entretanto, durante a competição o menino é sequestrado e cabe a avó e Bruno irem ao seu resgate.  

Essa animação deve ser provavelmente uma das mais peculiares existentes, seja pelo fato dos traços dos personagens, que chegam a parecer caricaturas, ou por ter quase nenhuma fala e usar e abusar da trilha sonora e do som ambiente como recurso narrativo. 

Coraline (2009) 

Baseado no livro de mesmo nome escrito por Neil Gaiman, famoso escritor conhecido por Sandman, Stardust, American Gods e Good Omens, o filme conta a história de Coraline Jones, que acaba de se mudar para uma nova casa. Entediada, ela começa a explorar a casa e seus arredores até se deparar com uma porta secreta que a leva a uma espécie de realidade paralela onde sua vida é muito semelhante a que leva, só que aparentemente bem melhor. Coraline então se arrebata com tudo, mas logo percebe que as coisas nem sempre são exatamente o que aparentam ser.  

Feita toda em stop motion, com Dakota Fanning dublando Coraline e Teri Hatcher, a mãe da menina, o filme chegou a concorrer na edição de 2010 do Oscar, mas perdeu para Up – Altas Aventuras (2009). 

Wolfwalkers (2021) 

Dirigido por Tomm Moore & Ross Stewart (Uma Viagem ao Mundo das Fábulas), e inspirado pela mitologia celta, Wolfwalkers segue a história de Robyn Goodfellow, uma jovem aprendiz de caçadora que vive na Irlanda com seu pai em 1650, época na qual a superstição e o preconceito andam lado a lado e as matilhas de lobos são perseguidas por serem vistas como criaturas maléficas. Porventura do destino, enquanto sai para explorar, ela termina salvando uma nativa. As duas iniciam uma amizade e Robyn é introduzida ao mundo dos Wolfwalkers, o que a faz mudar totalmente sua perspectiva a respeito dos lobos.  

Contando com uma versão de Running With the Wolves, de AURORA, na trilha sonora, e um estilo 2D que nos remete aos primórdios da animação, Wolfwalkers encanta por ser uma ode a natureza e sua beleza e simplicidade.  




Arte em destaque: Caroline Cecin
Lilia Fitipaldi
Jornalista; virginiana com ascendente em aquário; 27 anos; lufana orgulhosa, escritora. Cinéfila - de E o Vento Levou a Vingadores Ultimato. Louca das séries, do esoterismo, dos gatos, dos musicais, a maior fã/defensora de Taylor Swift, Sara Bareilles e Maggie Rogers que você vai conhecer. Me esforço para descobrir o máximo do mundo da Broadway e às vezes me perco no mundo dos livros e das séries.

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