Ilana Casoy é uma criminóloga e escritora brasileira, referência em casos de assassinos em série. Sua vasta experiência na área a levou a fazer parte da produção da série Dexter, do grupo de televisão Fox, traçando a personalidade do personagem, assim como na produção nacional Dupla Identidade, da emissora Globo, e mais recentemente, na adaptação do livro Bom Dia, Verônica, ficção coescrita com Raphael Montes sob o pseudônimo Andrea Killmore, para a Netflix. Seus estudos sobre casos já solucionados em outros países e sua participação em casos brasileiros, como o de Chico Picadinho, com quem esteve frente a frente para analisar seu perfil, renderam-lhe três livros de não ficção sobre o true crime, todos eles publicados pela Darkside Books. Entre eles, Serial Killers: Louco ou Cruel?, um trabalho mais focado em analisar casos mundialmente comentados.
Antes de esmiuçar caso por caso, Ilana nos apresenta um capítulo explicativo, pelas visões do direito, da psicologia, da psiquiatria e da criminologia, de quem são os nominados serial killers e como seus crimes passam a ser enquadrados dentro desta nomenclatura. Algo que Casoy faz ser muito presente em sua obra, e que chama atenção por muitas vezes ser esquecida no true crime, é a humanização. Não é por acaso que o livro se inicia com sua dedicatória: "Este livro é dedicado às vítimas conhecidas e desconhecidas de assassinos loucos ou cruéis, cujas histórias de sofrimento e morte só podemos adivinhar. É também dedicado aos seus pais, filhos, irmãos, companheiros de vida e amigos que nunca tiveram a chance de se despedir."
Serial killer: o que é?
A primeira vez que a expressão serial killer foi utilizada data do ano de 1970, pelo agente do FBI, na época já aposentado, Robert Ressler, personalidade atualmente retratada na série Mindhunter, da Netflix, inspirada no livro Mindhunter: O Primeiro Caçador de Serial Killers Americano, que ao lado de seus companheiros de trabalho na Behavioral Sciences Unit (BSU - Unidade de Ciência Comportamental), deu continuidade aos trabalhos do psiquiatra James Brussel, montando uma biblioteca de entrevistas com assassinos já condenados, com questionamentos que visavam entender as motivações dos crimes e a história de vida de cada um deles. O termo é utilizado quando há um espaço de tempo de dias entre cada assassinato, além de, na maioria das vezes, um perfil de vítimas que possuem algo em comum e um modus operandi, nome dado a um conjunto de ações que o assassino realiza com suas vítimas.
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