Com o advento da banda larga e algumas horas passadas no IMDb, finalmente consegui ter contato com a maioria de seus filmes (alguns estou guardando para ver aos poucos) e O Abominável Dr. Phibes foi um deles. Aproveitando que este filme completa 50 anos em 2021, eu o revi para escrever algumas palavras aqui no Querido Clássico.
O filme carrega um quê dos longas do Dario Argento e também do Ingmar Bergman, as cores vermelha e roxa são gritantes. Na primeira cena, temos um misterioso homem vestido de preto tocando órgão, num cenário gótico, enquanto uma mulher lindamente vestida e maquiada o observa. Juntos eles partem na noite.
Na manhã seguinte descobrimos que um médico foi atacado durante a noite por milhares de morcegos. Os policiais não conseguem entender o porquê daquilo, mas logo relacionam o caso a outros igualmente misteriosos. Médicos estão sendo atacados de uma forma incomum, e os detetives precisam descobrir o porquê.
Vincent Price quase não fala no filme. Seu personagem, Dr. Phibes, sofreu um acidente no passado que os desfigurou e só consegue se comunicar através de um buraco em seu pescoço e um amplificador. Sua assistente Vulnavia também pouco fala, em silêncio completo eles cometem os crimes.
Logo descobrimos que seu acidente aconteceu logo após a morte de sua esposa. Phibes culpa os médicos e está se vingando de todos que estiveram ao redor de sua maca e não a ajudaram.
Para mim esse filme é um retrato perfeito do cinema dos anos 1970. Como comentei acima, as cores características do gênero estão ali, a maquiagem muito bem feita (pensando na época) e a dor que leva um homem a cometer assassinatos. Não é a toa que Vicent Price é considerado um dos maiores atores de todos os tempos, ele conseguiu como ninguém unir o drama ao terror, sem cair na pieguice.
Texto: Michelle Henriques
Arte em destaque: Mia Sodré
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